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Aberto da Austrália vê anfitriões capengas
Pela 1ª vez desde 2000, país não tem tenista no top 10
DA REPORTAGEM LOCAL
Nação com uma enorme tradição tenística, a Austrália dá
início hoje ao seu Grand Slam
sem a mesma empolgação das
últimas temporadas.
A esperança de encerrar o jejum de mais de 30 anos sem título entre os homens -Mark
Edmondson, em 1976, foi o último australiano a vencer o torneio- vem abalada pelo mau
momento que o país atravessa.
Lleyton Hewitt, 25, é o representante do país mais bem colocado no ranking e aparece
apenas na 19ª posição na lista
da ATP. É a primeira vez neste
século que a Austrália não está
entre os top 10 na semana anterior à disputa do Aberto local.
A situação é bem diferente da
do início da década. Com Hewitt no topo -ele monopolizou
o ranking por 75 semanas consecutivas-, o fim do jejum parecia somente questão de tempo. E havia Mark Phillipoussis,
ex-número oito do ranking e
com duas decisões de Grand
Slam no currículo (Aberto dos
EUA e Wimbledon).
A excelente fase de Hewitt
passou. E foi já após o auge que
ele chegou mais perto da consagração no Melbourne Park
-em 2005, foi derrotado na decisão pelo russo Marat Safin.
Atualmente, o australiano vive um inferno astral. Foi eliminado na segunda rodada em
Adelaide, desistiu de jogar em
Sydney nesta semana por causa
de uma contusão na panturilha
e rompeu com Roger Rasheed,
seu técnico desde 2003.
Chegou a convidar Patrick
Rafter, ex-colega de Copa Davis, para treiná-lo, mas ouviu
um não como resposta.
Mesmo com os contratempos, Hewitt ainda inspira respeito dos adversários.
Líder inquestionável do ranking e campeão do Aberto da
Austrália em 2004 e 2006, Roger Federer disse que é insensatez considerá-lo sem chances
de vencer o torneio.
"Se ele conseguir andar em
quadra, definitivamente vai ser
duro batê-lo. E, sim, ele é um
dos favoritos", disse Federer,
que estréia contra o alemão
Bjorn Phau, 83º do ranking.
Algoz de 2005, Safin afirma
que a experiência de Hewitt,
dono de dois Grand Slams, conta muito. "Ele definitivamente
é um dos perigosos", afirmou.
No sorteio da chave, Hewitt
deu sorte. Seu primeiro adversário é um tenista do qualifying. E ele só enfrenta Federer
e Safin em uma eventual final.
NA TV - Aberto da Austrália
ESPN, ao vivo, às 22h30
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