São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Aberto da Austrália vê anfitriões capengas

Pela 1ª vez desde 2000, país não tem tenista no top 10

DA REPORTAGEM LOCAL

Nação com uma enorme tradição tenística, a Austrália dá início hoje ao seu Grand Slam sem a mesma empolgação das últimas temporadas.
A esperança de encerrar o jejum de mais de 30 anos sem título entre os homens -Mark Edmondson, em 1976, foi o último australiano a vencer o torneio- vem abalada pelo mau momento que o país atravessa.
Lleyton Hewitt, 25, é o representante do país mais bem colocado no ranking e aparece apenas na 19ª posição na lista da ATP. É a primeira vez neste século que a Austrália não está entre os top 10 na semana anterior à disputa do Aberto local.
A situação é bem diferente da do início da década. Com Hewitt no topo -ele monopolizou o ranking por 75 semanas consecutivas-, o fim do jejum parecia somente questão de tempo. E havia Mark Phillipoussis, ex-número oito do ranking e com duas decisões de Grand Slam no currículo (Aberto dos EUA e Wimbledon).
A excelente fase de Hewitt passou. E foi já após o auge que ele chegou mais perto da consagração no Melbourne Park -em 2005, foi derrotado na decisão pelo russo Marat Safin.
Atualmente, o australiano vive um inferno astral. Foi eliminado na segunda rodada em Adelaide, desistiu de jogar em Sydney nesta semana por causa de uma contusão na panturilha e rompeu com Roger Rasheed, seu técnico desde 2003.
Chegou a convidar Patrick Rafter, ex-colega de Copa Davis, para treiná-lo, mas ouviu um não como resposta.
Mesmo com os contratempos, Hewitt ainda inspira respeito dos adversários.
Líder inquestionável do ranking e campeão do Aberto da Austrália em 2004 e 2006, Roger Federer disse que é insensatez considerá-lo sem chances de vencer o torneio.
"Se ele conseguir andar em quadra, definitivamente vai ser duro batê-lo. E, sim, ele é um dos favoritos", disse Federer, que estréia contra o alemão Bjorn Phau, 83º do ranking.
Algoz de 2005, Safin afirma que a experiência de Hewitt, dono de dois Grand Slams, conta muito. "Ele definitivamente é um dos perigosos", afirmou.
No sorteio da chave, Hewitt deu sorte. Seu primeiro adversário é um tenista do qualifying. E ele só enfrenta Federer e Safin em uma eventual final.


NA TV - Aberto da Austrália
ESPN, ao vivo, às 22h30



Texto Anterior: Calendário: Times iniciam lançamentos
Próximo Texto: Queridinha tem última chance no país
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.