São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

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ENTREVISTA NEYMAR

Não sabia que a minha fama chegava até o Peru

ARTILHEIRO DO SUL-AMERICANO, ASTRO DIZ NÃO ESTAR CANSADO E QUE SONHA COM A OLIMPÍADA

Cris Bouroncle/France Presse
Neymar e colegas celebram título do Sul-Americano

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A AREQUIPA (PERU)

Neymar disputou sete das nove partidas da seleção brasileira no Sul-Americano sub-20, encerrado ontem.
No último jogo do torneio peruano, contra o Uruguai, fez dois gols da vitória por 6 a 0 e se tornou o maior artilheiro brasileiro da história da disputa, com nove tentos.
Amanhã, deverá estar em campo no duelo entre Santos e Deportivo Táchira, na Venezuela, pela Libertadores.
Na sexta-feira, o atacante falou à Folha em Arequipa.
Disse que não está cansado e que pode conciliar as seleções sub-20, principal e ainda o Santos. O atacante ainda se mostrou preocupado com as recentes cenas de violência contra o elenco do Corinthians, após a eliminação do time da Libertadores.

 


Folha - Como foi a experiência de ser o principal astro do Sul-Americano?
Neymar -
Muita boa, fiz novas amizades, tive a chance de trabalhar com o Ney Franco. Foi muito bom estar aqui.

Você se preocupou em se comportar bem?
Não, fui o Neymar de sempre. Não mudei nada.

Você mal sai do Sul-Americano e já encara a Libertadores. Está cansado?
Cansado não, o ano começou só agora (risos). Tive 20 dias de férias em dezembro. Foi suficiente, deu para curtir a minha família.

Como é todo dia ser "contratado" por um clube europeu diferente?
Quem cuida disso é meu pai, meu empresário. Eu me preocupo com as quatro linhas, com jogar meu futebol.

Mas você sabe quem está certo, quem está chutando?
Eu sei, claro, meu pai e meu empresário me passam as coisas. Mas eu deixo para eles resolverem.

Você já é cliente da empresa do Ronaldo?
Não. Meu pai e meu empresário cuidam de tudo.

Prefere jogar a Copa América ou o Mundial sub-20?
Eu quero jogar os dois, né? Espero que seja possível.

São duas competições seguidas, de quase um mês cada. Dá para aguentar?
Dá, claro. Vamos embora.

Você apanhou mais no Sul- -Americano ou no Brasileiro?
Aqui teve mais falta, mas foi tranquilo, normal.

Esse torneio serviu como revanche pelo fracasso no Mundial sub-17, quando o Brasil caiu na primeira fase?
Aquilo é passado. Infelizmente não foi o que queríamos. Já apaguei da memória. O sub-20 foi outra competição, outra categoria.

Você se vê na Olimpíada?
Todo momento a gente sonha com isso. Todo jogador brasileiro quer ganhar a Olimpíada. Sonho com isso.

Já pensa em 2014?
Pretendo alcançar meus objetivos, que é jogar pelo Santos, ganhar títulos pelo Santos. Lá na frente, a gente vê o que acontece.

Você viu o que aconteceu com o Corinthians depois da eliminação na Libertadores? Ficou preocupado?
A gente fica preocupado, né? Pode acontecer alguma coisa com algum jogador, uma pedra daquela podia acertar a cabeça de alguém, parar no hospital, ficar gravemente ferido. É ruim saber que acontece isso, porque a gente está na mesma profissão, que é o futebol. De repente, a gente acaba perdendo amanhã, vai para a nossa cidade e acaba acontecendo isso. É bem ruim. Preocupa a mim e a todos.

Você sabia que era tão famoso no Peru?
Eu até me surpreendi com a fama aqui no Peru. Não saberia que [a fama] ia chegar até aqui. Estou muito feliz por ser reconhecido.


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