São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2011

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JUCA KFOURI

A arte voltou


A genialidade de Paulo Henrique Ganso e o talento indiscutível de Luis Fabiano estão de volta

EM SEU primeiro minuto no gramado, Ganso achou um companheiro com um toque genial e estava aberto o placar da Vila Belmiro em seguida.
Ainda antes do décimo minuto, como se centroavante fosse, eis que ele mesmo marcou o segundo gol. E só não foi para casa porque não quis.
Não satisfeito, embora os quase 13 mil torcedores já estivessem mais que satisfeitos, ali pelos 30min ele enfiou uma caneta de calcanhar num rival desavisado e o estádio quase veio abaixo.
Paulo Henrique Ganso está de volta e com ele mais uma atração para enriquecer nosso futebol.
Que todos os deuses dos estádios o protejam daqui por diante até o fim dos tempos.
Assim como Luis Fabiano, reincorporado ao São Paulo depois de bela carreira na Espanha, é outra volta digna de ser saudada em pé.
Curioso é que se o Santos viveu um sábado vitorioso também com a aprovação de seu novo estatuto, muito mais moderno e democrático que o anterior, o movimento no clube tricolor é na direção contrária.
Apesar de, enfim, depois de tantas gafes seguidas, JJ ter lavrado um tento com a contratação do artilheiro Fabuloso.
O Santos, aliás, se causa polêmica com os grupos que montou entre os seus para partilhar direitos de jogadores, precisa ser reconhecido como quem arquitetou um esquema com gente que, até prova em contrário, quer muito mais ganhar títulos do que ganhar dinheiro, embora não sejam mecenas.
Nem por isso, e aí de novo Santos e São Paulo estão em rotas inversas, deve-se deixar de lamentar que o alvinegro tenha abandonado o Clube dos 13 à própria sorte neste momento.
Verdade que LAOR, desde o início, ficou ao lado da CBF e que suas posições, decididas em colegiado, podem até, no curto prazo, serem e terem sido as melhores para o Santos.
Mas um sábio da política nacional já ensinou que quando a esperteza é demasiada acaba por comer o esperto.
Afinal, a incerteza jurídica e o Cade são os maiores aliados do C13 neste momento, razão suficiente para não dá-lo como sepultado.
E, mais do que isso, a soberania dos clubes não pode ser trocada por circunstâncias de ocasião, principalmente quando se aponta, na "Veja", que Marcelo Campos Pinto, da Globo Esportes, sucederá Ricardo Teixeira na CBF.
blogdojuca@uol.com


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