São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

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Maradona tem recaída e é internado

"Fortes dores abdominais" causam volta ao hospital em plena madrugada, apenas dois dias depois de alta controversa

Médico pessoal pergunta até onde seu paciente pode agüentar e tratamento do ex-jogador é alvo de crítica do ministro da Saú
de

BRUNO LIMA
DE BUENOS AIRES

Dois dias depois de receber alta, Diego Armando Maradona, 46, voltou a ser internado na madrugada de ontem com "fortes dores abdominais", segundo relato de seu médico pessoal, Alfredo Cahe.
"A pergunta do milhão é: "Quanto ele pode agüentar?'", declarou Cahe ontem de manhã durante entrevista à rádio Diez, de Buenos Aires, lançando dúvidas sobre a capacidade de recuperação do ex-craque.
Até o fechamento desta edição, os médicos afirmavam não ter chegado ainda a uma resposta sobre o que causou a recaída. Boletim médico informava que o estado de saúde do jogador era "estável".
As dores, segundo os médicos, poderiam não estar relacionadas diretamente com o quadro de hepatite tóxica causada pelo consumo de bebidas alcoólicas. Pancreatite, gastrite, problemas no fígado e na vesícula estavam entre as hipóteses levantadas pelos médicos.
Depois de receber a visita de amigos e jantar com o médico e a namorada em uma chácara em Ezeiza, na Grande Buenos Aires, Maradona reclamou de mal-estar. Antes disso, porém, já havia uma ambulância à disposição do lado de fora da chácara, caso fosse necessário.
A dor, porém, segundo Cahe, ficou mais forte por volta das 3h, quando Maradona decidiu acioná-lo. Às 5h, o ex-meia foi levado para o hospital Madre Teresa de Calcutá, onde foi internado na UTI, segundo os médicos, "por precaução". Na manhã de ontem, foi transferido à clínica Sanatorio de los Arcos, no bairro de Palermo.
Ao contrário do que fez em outras internações de Maradona, em que dava informes periódicos, desta vez, Cahe não deu entrevistas coletivas.
O médico foi contra a alta dada a Maradona. Para ser liberado, o jogador e seus familiares assinaram termo em que diziam estar cientes de que o tratamento ainda estava em curso.
O retorno do ex-craque ao hospital virou assunto até do governo federal argentino. Segundo o ministro da Saúde, o médico Ginés González García, é preciso tratá-lo "como paciente e não como Maradona".


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