São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2008

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Físico faz Brasil avançar na Davis

Giraldo é o segundo colombiano a abandonar jogo desde sexta, e brasileiros fecham série em Sorocaba

Equipe nacional consegue lugar na repescagem do Grupo Mundial, em que tentará acesso à elite do torneio entre países do tênis


FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA

Em um confronto marcado por problemas físicos, o Brasil venceu a Colômbia, em Sorocaba, e se classificou para disputar a repescagem do Grupo Mundial, a elite da Copa Davis.
O ponto que sacramentou o triunfo brasileiro foi obtido por Marcos Daniel, que vencia Santiago Giraldo por 6/4, 7/6, 6/7 e 6/5, quando o rival abandonou o jogo com cãibras.
As duas primeiras partidas, na sexta-feira, já haviam registrado problemas físicos.
Na abertura do confronto, Thomaz Bellucci começou bem, mas sentiu cãibras e foi derrotado por Giraldo. Depois, Daniel jogou menos de dois sets contra Juan Sebastian Cabal, que torceu o pé no primeiro game do jogo. Cabal, que estava escalado para o quinto e último jogo, foi substituído por Carlos Salamanca contra Bellucci.
Com o confronto já definido, a partida foi disputada em melhor de três sets. O brasileiro marcou 2 a 0 (6/4 e 7/5) e fechou o placar em 4 a 1.
Com o resultado, o Brasil aguarda agora o sorteio, na quinta-feira, para definir seu adversário em setembro.
A definição dos cabeças-de-chave, posto que o Brasil certamente não vai conquistar, depende do ranking da Davis, que será divulgado hoje.
Independentemente do sorteio, será certamente um rival mais gabaritado do que a Colômbia, que nunca esteve na elite da Davis e em Sorocaba jogou desfalcada de seu principal tenista, que estava lesionado.
Os brasileiros podem enfrentar, por exemplo, a Sérvia de Novak Djokovic, atual terceiro colocado do ranking.
"Vai ser uma pedreira", disse Daniel, mesmo sem conhecer o adversário da repescagem.
Número um do Brasil, Daniel conseguiu seus primeiros êxitos individuais na Copa Davis e reconhece que a atual equipe do Brasil não tem tantas possibilidades como a formada por Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni, que chegou à semifinal da competição em 2000.
O Brasil sofreu reformulação com a iminente aposentadoria de Guga e a má fase de outrora figurinhas carimbadas, como Flávio Saretta e Ricardo Mello. Três dos quatro convocados pelo capitão Francisco Costa tinham pouca ou nenhuma experiência na competição.
O presidente da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), Jorge Lacerda da Rosa, disse que também fora das quadras os resultados foram satisfatórios. "Sorocaba foi aprovada. A cidade ficou voltada para o evento", disse o dirigente, que voltou a afirmar que o preço para a torcida (R$ 200 por três dias na arquibancada) ficou acima do que deveria.
O preço dos ingressos em Sorocaba foi o mais alto entre todos os 24 confrontos da Copa Davis no fim de semana, incluídos os do Grupo Mundial.
Ontem, houve uma promoção que colocou um lote de 500 ingressos a R$ 50. Mas alguns não pagaram nem isso para ver a vitória de Marcos Daniel.
Alguns garotos subiram no muro que fica atrás da área destinada a convidados de patrocinadores e só foram advertidos por uma voluntária por estarem fazendo muito barulho.


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