|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Palmeiras vira mutante e contrata psicóloga
Técnico faz testes para duelo pela Copa do Brasil
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A dois dias de encarar o Atlético-PR pelas oitavas de final da
Copa do Brasil, o Palmeiras não
tinha 11 titulares definidos.
O técnico Antônio Carlos fez
vários testes ontem, no CT do
clubbe. O lateral-direito chileno Figueroa, recuperado de
uma contusão na perna direita,
foi escalado mais à frente de
sua posição original, a exemplo
do que Cicinho tem feito algumas vezes no São Paulo.
Depois, no entanto, o treinador sacou Figueroa e colocou o
atacante Paulo Henrique, recém-trazido pela parceira do
clube, a Traffic, e que vinha
atuando no futebol holandês.
Mas não foram essas as únicas tentativas de Antônio Carlos, que parou o coletivo diversas vezes para orientar o time.
O colombiano Armero, por
exemplo, que começou na lateral esquerda, foi substituído depois pelo meia-atacante Ivo,
que atuou um pouco recuado,
mais ou menos como um ala.
Depois, foi a vez de Lincoln
ser sacado. O atacante Ewerthon, que iniciou o treino na
equipe reserva, formou a dupla
de ataque com Robert. Até então, o meia Diego Souza vinha
ocupando um lugar no setor.
Lincoln era praticamente o
único articulador do time.
"Foi uma formação que ele
escolheu, estou acostumado a
jogar assim. Mas não quer dizer
que seja apenas um meia. O
Diego torna-se um quando não
temos a bola", disse Lincoln.
Mas o meia não soube precisar se tal escalação será mantida para o duelo ante os paranaenses, amanhã, no Parque
Antarctica. "Se [o time] será assim 100%, não posso falar, porque ele [Antônio Carlos] ainda
não deixou nada para a gente."
Após o Palmeiras não ter se
classificado para as semifinais
do Paulista, o torneio nacional,
que dá ao campeão uma vaga na
Libertadores-2011, virou a última esperança para salvar o semestre. Se não passar pelo
Atlético-PR -o jogo de volta
está marcado para o dia 21, em
Curitiba-, o clube paulista só
voltará a jogar no dia 8 de maio,
data da estreia no Brasileiro.
Por conta dessa pressão, fazer um placar elástico amanhã
nem passa pelo discurso do
elenco. Vencer será o suficiente. "1 a 0 vai ser sempre um bom
resultado. A Copa do Brasil prevê isso. Mas depende do jogo.
De repente está um jogo amarrado, e você não tem muita
chance", ponderou Lincoln.
Enquanto busca reforços para a segunda metade do ano, a
diretoria tratou de contratar
uma psicóloga para os atletas.
Trata-se de Melissa Voltarelli,
que trabalhou com o estafe de
Antônio Carlos no São Caetano, antiga casa do treinador.
O clube nega que a decisão
tenha levado em conta possíveis problemas internos.
"Segundo a comissão técnica,
estávamos precisando de uma
psicóloga permanente. É mais
uma profissional que vem para
somar", afirmou o diretor de
futebol Seraphim Del Grande.
Para Lincoln, porém, esse tipo de ação não tem efeito no futebol. "Já passei por clubes que
usam ou não esse serviço. Mas
não influencia muito. Somos
um plantel de 30, 40 jogadores.
Não creio que uma pessoa vá
mudar a cabeça de um grupo."
Texto Anterior: Tostão: Craque da bola e do jogo Próximo Texto: Santos joga para definir mata-mata no 1º duelo Índice
|