São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2010

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Palmeiras vira mutante e contrata psicóloga

Técnico faz testes para duelo pela Copa do Brasil

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A dois dias de encarar o Atlético-PR pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o Palmeiras não tinha 11 titulares definidos.
O técnico Antônio Carlos fez vários testes ontem, no CT do clubbe. O lateral-direito chileno Figueroa, recuperado de uma contusão na perna direita, foi escalado mais à frente de sua posição original, a exemplo do que Cicinho tem feito algumas vezes no São Paulo.
Depois, no entanto, o treinador sacou Figueroa e colocou o atacante Paulo Henrique, recém-trazido pela parceira do clube, a Traffic, e que vinha atuando no futebol holandês.
Mas não foram essas as únicas tentativas de Antônio Carlos, que parou o coletivo diversas vezes para orientar o time.
O colombiano Armero, por exemplo, que começou na lateral esquerda, foi substituído depois pelo meia-atacante Ivo, que atuou um pouco recuado, mais ou menos como um ala.
Depois, foi a vez de Lincoln ser sacado. O atacante Ewerthon, que iniciou o treino na equipe reserva, formou a dupla de ataque com Robert. Até então, o meia Diego Souza vinha ocupando um lugar no setor. Lincoln era praticamente o único articulador do time.
"Foi uma formação que ele escolheu, estou acostumado a jogar assim. Mas não quer dizer que seja apenas um meia. O Diego torna-se um quando não temos a bola", disse Lincoln.
Mas o meia não soube precisar se tal escalação será mantida para o duelo ante os paranaenses, amanhã, no Parque Antarctica. "Se [o time] será assim 100%, não posso falar, porque ele [Antônio Carlos] ainda não deixou nada para a gente."
Após o Palmeiras não ter se classificado para as semifinais do Paulista, o torneio nacional, que dá ao campeão uma vaga na Libertadores-2011, virou a última esperança para salvar o semestre. Se não passar pelo Atlético-PR -o jogo de volta está marcado para o dia 21, em Curitiba-, o clube paulista só voltará a jogar no dia 8 de maio, data da estreia no Brasileiro.
Por conta dessa pressão, fazer um placar elástico amanhã nem passa pelo discurso do elenco. Vencer será o suficiente. "1 a 0 vai ser sempre um bom resultado. A Copa do Brasil prevê isso. Mas depende do jogo. De repente está um jogo amarrado, e você não tem muita chance", ponderou Lincoln.
Enquanto busca reforços para a segunda metade do ano, a diretoria tratou de contratar uma psicóloga para os atletas. Trata-se de Melissa Voltarelli, que trabalhou com o estafe de Antônio Carlos no São Caetano, antiga casa do treinador.
O clube nega que a decisão tenha levado em conta possíveis problemas internos.
"Segundo a comissão técnica, estávamos precisando de uma psicóloga permanente. É mais uma profissional que vem para somar", afirmou o diretor de futebol Seraphim Del Grande.
Para Lincoln, porém, esse tipo de ação não tem efeito no futebol. "Já passei por clubes que usam ou não esse serviço. Mas não influencia muito. Somos um plantel de 30, 40 jogadores. Não creio que uma pessoa vá mudar a cabeça de um grupo."


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