São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 2011

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Excesso de pit stops confunde equipes

F-1
Maior desgaste dos pneus tem aumentado número de paradas e mudado dinâmica das corridas deste ano


TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A XANGAI

Disputadas duas etapas do Mundial de F-1, pilotos e equipes ainda tentam entender a nova cara da categoria.
A chegada de uma nova fabricante de pneus para esta temporada, além de trazer algumas novidades no regulamento, mudou radicalmente a dinâmica das corridas.
Por isso, os treinos livres de hoje para o GP da China, neste domingo, às 4h (de Brasília), servirão para que os times conheçam um pouco mais desse novo cenário.
Se até o ano passado, em condições normais, os pilotos tendiam a parar apenas uma vez nos boxes para trocar os compostos, neste ano a história é bem diferente. Em 2010, a média de pit stops por corrida -com pista seca- era de 25. Neste ano, com os pneus menos duráveis desenvolvidos pela Pirelli, essa média subiu para 54 em apenas duas provas.
Isso trouxe duas consequências imediatas. A primeira é que as equipes trabalham mais pressionadas, já que, com o número de paradas maior, a tendência a cometer erros também cresce.
A segunda é que fica bem mais difícil para os pilotos e seus times "lerem" as corridas de seus adversários.
"Ainda temos muito a aprender porque, agora, tem muito mais coisa acontecendo durante as provas, com mais de uma parada", disse Sebastian Vettel, líder do Mundial, com duas vitórias.
A situação fica ainda mais complicada para quem está nas posições intermediárias, como foi o caso de Felipe Massa no GP da Malásia, no último domingo -ele completou a corrida em quinto.
"Com tantas paradas, uma hora você é o sétimo, depois cai para nono, vira sexto. É bem complicado ter uma noção clara do que está acontecendo", afirmou o ferrarista.
O brasileiro foi um dos que já sofreram com o aumento de paradas. Um problema na pistola usada para trocar o pneu de sua Ferrari fez com que ele perdesse segundos a mais nos boxes e, consequentemente, a chance de lutar por pódio em Sepang.
"Estamos vivendo uma nova situação na F-1, e tudo está conectado. Com mais pits, a pressão aumenta, e os erros também", disse Stefano Domenicali, chefe ferrarista.
"Imagino que não seja fácil para o público entender os GPs porque até nós, das equipes, temos dificuldades."

NA TV
Treinos livres do GP da China
23h Sportv 2




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