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São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2003

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Em desvantagem e pressionado pela torcida, equipe joga hoje sua permanência na Libertadores

Obcecado pela América, Corinthians encara River

Fernando Santos/Folha Imagem
Jorge Wagner, que considera o goleiro rival fraco, observa posicionamento da barreira antes de cobrar falta em treino do Corinthians


LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A máxima de que a fiel torcida é a camisa 12 do time nunca foi levada tão a sério pelo Corinthians como agora, o dia em que a equipe do Parque São Jorge joga sua sorte na cobiçada Taça Libertadores contra o argentino River Plate, no Morumbi, às 21h40.
Do camisa 1 ao 11, passando por reservas e até pelo técnico Geninho, não há uma declaração que não aponte serem a torcida corintiana e seu insaciável desejo pelo título inédito o fator maior de inspiração para o time reverter o quadro desfavorável e arrancar dos argentinos a vaga para as quartas-de-final do torneio.
No jogo de ida, na Argentina, há duas semanas, o Corinthians perdeu para o River Plate por 2 a 1. Uma vitória brasileira hoje por dois gols de vantagem coloca a equipe de Geninho nas quartas. Se o triunfo vier, mas por um gol de diferença, as cobranças de pênalti irão definir o time classificado para pegar o América de Cali (COL), que ontem bateu o Racing (ARG), fora de casa, nos pênaltis.
"A gente vai jogar por nós e principalmente por eles. É por causa da torcida que temos que encarar esse jogo como uma guerra. O Corinthians tem todos os títulos de torneios que disputou, menos esse", disse o zagueiro Fábio Luciano, capitão do time.
"Desde que cheguei ao Corinthians, em 2000, a palavra Libertadores é a que mais ouço por aqui. A torcida espera por essa conquista", disse o lateral Rogério.
O termômetro da ambição corintiana atrás da taça já levantada pelos arqui-rivais Palmeiras, São Paulo e Santos foi o último jogo do time pelo Brasileiro, sábado, contra o Criciúma. À medida que a partida ia se aproximando do fim, o grito de "É quarta-feira!" foi se intensificando no Pacaembu.
Quando fez sua primeira partida pelo Corinthians diante de sua torcida, contra a Lusa, no Paulista deste ano, o técnico Geninho teve como boas-vindas um estádio berrando "Libertadores".
"O Corinthians precisa transformar essa obsessão do torcedor pela Libertadores em motivação para revertermos a desvantagem contra o River. A gente fazendo nossa parte em campo, a torcida vem junto", declarou o treinador, que chegou ao clube com a difícil missão de substituir o celebrado Carlos Alberto Parreira no comando técnico da equipe.
A opção só pela Libertadores já pode ser sentida faz tempo nas arquibancadas. O Corinthians terá perto de 70 mil torcedores empurrando o time para as quartas-de-final. Restam apenas 2.300 ingressos de arquibancada especial (segundo anel do Morumbi, atrás de um dos gols, a R$ 25), que serão vendidos hoje no Parque São Jorge, até as 13h, e no Morumbi.
No último confronto pelo Brasileiro, no sábado, menos de 5.000 corintianos viram o jogo. Na semifinal do Paulista-03, contra o Palmeiras, o público divulgado do primeiro jogo entre os tradicionais rivais foi de só 13 mil pessoas.
Para o jogo, Geninho pode ficar sem o zagueiro Anderson, que machucou o calcanhar do pé esquerdo durante treino. Se ele não se recuperar a tempo, Fábio Luciano terá a companhia de César.

NA TV - Globo, ao vivo, às 21h40, só para SP


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