São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2007

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Com cabeça na América, Santos sofre goleada

Desentrosado e cheio de reservas, time sai na frente, mas sucumbe ante o Sport

Sport 4
Santos 1

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Bicampeão paulista e com o técnico dando prioridade às quartas-de-final da Libertadores, o torcedor do Santos realmente não tinha motivos para parar sua vida e assistir ao time B na estréia do Brasileiro.
A não ser que quisesse muito conhecer as peças de reposição da equipe de Vanderlei Luxemburgo, era melhor ter procurado outra atividade no início da noite de ontem. Quem viu o 4 a 1, resultado fora dos planos do treinador, preocupou-se.
Tudo isso porque, enquanto o Santos estiver na Libertadores, provavelmente essa equipe ainda atuará no início do Brasileiro. E aí suas fraquezas se mostram claramente.
Para complicar mais, o único titular em campo, Adailton, foi expulso corretamente pelo sergipano Antonio da Hora Filho aos 12min do segundo tempo, ao acertar a perna no atacante Carlinhos Bala.
No gol, Roger, um dos mais clássicos reservas do futebol paulista, está nitidamente sem explosão. Reage com demora, como se viu no segundo gol, na falta cobrada por Fumagalli, e sai mal do gol, a julgar pelo tento de cabeça de Durval.
É na dupla de meias, Pedrinho e Tabata, que esse time tem seus melhores momentos. Como o gol que marcou logo aos 3min, no primeiro e violento chute santista à meta de Magrão, Pedrinho deu mostras de que sua recuperação foi um dos melhores investimentos do clube alvinegro praiano.
"Esse time ainda pode melhorar, a gente mostrou um bom futebol", disse o meia, que reclamou do critério do árbitro na hora de marcar as faltas. Peça importante para o banco do jogo desta quarta-feira, contra o América, no México, o jogador saiu no segundo tempo para a entrada de Fabinho.
Do time recifense, que passou cinco anos amargando a Série B, viu-se um grupo bem armado, apesar de suas limitações técnicas, veloz nos contra-ataques e perigoso na bola aérea. No castigado gramado da Ilha do Retiro, seria uma parada difícil até para o time titular.
Foi com essa velocidade que o time do técnico Giba se recuperou. No lançamento em profundidade, Weldon, ex-Cruzeiro, apareceu nas costas da defesa e encobriu o goleiro Roger.
No segundo tempo, o Santos pareceu conformado com a derrota: nem Luxemburgo se manifestava intensamente à beira do gramado como de costume. Era com chutes de média distância que o time exigia defesas de Magrão, boa figura do gol pernambucano.
O rubro-negro do Recife, que completou 102 anos de existência ontem, tentava timidamente chegar ao ataque, mas sem precisão nos disparos.
As melhores chances leoninas no período foram um chute fortíssimo de Fumagalli, de fora da área, que assustou o goleiro Roger, e um rebote de Luciano Henrique, que o santista defendeu no canto direito.
Aos 40min, Durval ainda teve chance de fazer o quarto, em bola levantada na área. Sozinho, no meio, o zagueiro cabeceou por cima. O tiro de misericórdia demorou, mas acabou chegando. Aos 47min, Washington, ex-Palmeiras, recebeu na área e bateu na trave esquerda de Roger antes de comemorar o gol. Uma goleada que com certeza estava fora dos planos de Luxemburgo.
Na segunda rodada do Brasileiro, depois da Libertadores, o Santos recebe o América-RN na Vila Belmiro, no próximo sábado. O Sport visita no domingo o Vasco, em São Januário.


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