|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Com cabeça na América, Santos sofre goleada
Desentrosado e cheio de reservas, time sai na frente, mas sucumbe ante o Sport
Sport 4
Santos 1
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Bicampeão paulista e com o
técnico dando prioridade às
quartas-de-final da Libertadores, o torcedor do Santos realmente não tinha motivos para
parar sua vida e assistir ao time
B na estréia do Brasileiro.
A não ser que quisesse muito
conhecer as peças de reposição
da equipe de Vanderlei Luxemburgo, era melhor ter procurado outra atividade no início da
noite de ontem. Quem viu o 4 a
1, resultado fora dos planos do
treinador, preocupou-se.
Tudo isso porque, enquanto
o Santos estiver na Libertadores, provavelmente essa equipe
ainda atuará no início do Brasileiro. E aí suas fraquezas se
mostram claramente.
Para complicar mais, o único
titular em campo, Adailton, foi
expulso corretamente pelo sergipano Antonio da Hora Filho
aos 12min do segundo tempo,
ao acertar a perna no atacante
Carlinhos Bala.
No gol, Roger, um dos mais
clássicos reservas do futebol
paulista, está nitidamente sem
explosão. Reage com demora,
como se viu no segundo gol, na
falta cobrada por Fumagalli, e
sai mal do gol, a julgar pelo tento de cabeça de Durval.
É na dupla de meias, Pedrinho e Tabata, que esse time
tem seus melhores momentos.
Como o gol que marcou logo
aos 3min, no primeiro e violento chute santista à meta de Magrão, Pedrinho deu mostras de
que sua recuperação foi um dos
melhores investimentos do
clube alvinegro praiano.
"Esse time ainda pode melhorar, a gente mostrou um
bom futebol", disse o meia, que
reclamou do critério do árbitro
na hora de marcar as faltas. Peça importante para o banco do
jogo desta quarta-feira, contra
o América, no México, o jogador saiu no segundo tempo para a entrada de Fabinho.
Do time recifense, que passou cinco anos amargando a Série B, viu-se um grupo bem armado, apesar de suas limitações técnicas, veloz nos contra-ataques e perigoso na bola aérea. No castigado gramado da
Ilha do Retiro, seria uma parada difícil até para o time titular.
Foi com essa velocidade que
o time do técnico Giba se recuperou. No lançamento em profundidade, Weldon, ex-Cruzeiro, apareceu nas costas da defesa e encobriu o goleiro Roger.
No segundo tempo, o Santos
pareceu conformado com a
derrota: nem Luxemburgo se
manifestava intensamente à
beira do gramado como de costume. Era com chutes de média
distância que o time exigia defesas de Magrão, boa figura do
gol pernambucano.
O rubro-negro do Recife, que
completou 102 anos de existência ontem, tentava timidamente chegar ao ataque, mas sem
precisão nos disparos.
As melhores chances leoninas no período foram um chute
fortíssimo de Fumagalli, de fora da área, que assustou o goleiro Roger, e um rebote de Luciano Henrique, que o santista defendeu no canto direito.
Aos 40min, Durval ainda teve chance de fazer o quarto, em
bola levantada na área. Sozinho, no meio, o zagueiro cabeceou por cima. O tiro de misericórdia demorou, mas acabou
chegando. Aos 47min, Washington, ex-Palmeiras, recebeu
na área e bateu na trave esquerda de Roger antes de comemorar o gol. Uma goleada que com
certeza estava fora dos planos
de Luxemburgo.
Na segunda rodada do Brasileiro, depois da Libertadores, o
Santos recebe o América-RN
na Vila Belmiro, no próximo sábado. O Sport visita no domingo o Vasco, em São Januário.
Texto Anterior: Jogador diz que "safra ruim" domina Próximo Texto: [+]Para o alto: Time se adapta à bola "rápida" Índice
|