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TÊNIS
Quando parece que não...
Quem apostaria em Ferrero contra Nadal? Ou em dois brasileiros em Wimbledon? Ou em alguém perto do top 70?
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
JUAN CARLOS Ferrero já foi o tenista mais temido no saibro.
Era ele ou a zebra. Indiscutível,
foi à final do Aberto da França em
2002, passando pelos especialistas
Guillermo Coria, Gastón Gaudio,
Andre Agassi e Marat Safin. Nesse
ano, deu a zebra Albert Costa.
Como Ferrero não era andorinha
de um verão só, bisou a final. Contra
outros bons do saibro, como Nicolas
Massu, Felix Mantilla, Fernando
González e o próprio Costa, não teve
zebra. "Fez-se justiça", foi a sentença mais ouvida. Meses depois, chegaria ao topo do ranking mundial.
Desde então, Ferrero luta para
não cair no esquecimento. Hoje, são
raros os torneios em que se vê grande expectativa em torno de Ferrero.
Desacreditado, sem um mísero
trofeuzinho há quase cinco anos, eliminou Rafael Nadal em Roma. Entrou, jogou bem, surpreendeu e
mandou Nadal embora. Quando
ninguém esperava, aí é que um excelente tenista como Ferrero ganhou.
Contemporâneo de Ferrero, Gustavo Kuerten é a maior notícia do tênis nacional, por sua aposentadoria.
Como Ferrero, Kuerten teve as últimas glórias há cerca de cinco anos.
Neste ano, com sua saída, pouco se
falou de vitórias para o tênis brasileiro. O ranking da semana, porém,
põe dois brasileiros em evidência.
Marcos Daniel já foi dado como
"morto" para o tênis. Seja pelas lesões que enfrentou, seja por sua idade (quase 30 anos). Número 74 do
ranking, agora está próximo de conseguir uma vaga na Olimpíada.
Thomaz Bellucci, a outra grande
revelação do ano, saltou 19 posições,
para o número 81. Até o início do
ano, pouco se esperava dele. O plano
de chegar ao top 100, pessoas próximas a ele diziam, era para 2009.
E agora, entre Roger Federer, Novak Djokovic, Nadal, a temporada de
saibro e outras discussões, o mundo
do tênis também começa a falar de
Daniel em Roland Garros, dos sucessivos títulos de Bellucci, de dois
brasileiros já garantidos na chave de
Wimbledon, de quem pode ser o representante nacional em Pequim.
Quando parece que nada vai rolar,
é que algumas (boas) surpresas podem aparecer.
PELO BRASIL
Após o título em Itu, Rogério Silva
venceu o Future de São Roque. Na
final, bateu André Miele de virada.
Nesta semana, o circuito segue com
o torneio em Caldas Novas.
EM SÃO PAULO
Já estão à venda os ingressos para o
Grand Champions, etapa do circuito de veteranos da ATP, que será no
ginásio do Ibirapuera a partir da
próxima quarta. Informações em
www.ingressofacil.com.br.
FESTA
Carlos Alberto Kirmayr celebra
três anos do Instituto Lob e 25 anos
de seu centro de treinamento Kirmayr em Serra Negra.
reandaku@uol.com.br
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