São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2008

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TÊNIS

Quando parece que não...

Quem apostaria em Ferrero contra Nadal? Ou em dois brasileiros em Wimbledon? Ou em alguém perto do top 70?

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

JUAN CARLOS Ferrero já foi o tenista mais temido no saibro. Era ele ou a zebra. Indiscutível, foi à final do Aberto da França em 2002, passando pelos especialistas Guillermo Coria, Gastón Gaudio, Andre Agassi e Marat Safin. Nesse ano, deu a zebra Albert Costa.
Como Ferrero não era andorinha de um verão só, bisou a final. Contra outros bons do saibro, como Nicolas Massu, Felix Mantilla, Fernando González e o próprio Costa, não teve zebra. "Fez-se justiça", foi a sentença mais ouvida. Meses depois, chegaria ao topo do ranking mundial.
Desde então, Ferrero luta para não cair no esquecimento. Hoje, são raros os torneios em que se vê grande expectativa em torno de Ferrero.
Desacreditado, sem um mísero trofeuzinho há quase cinco anos, eliminou Rafael Nadal em Roma. Entrou, jogou bem, surpreendeu e mandou Nadal embora. Quando ninguém esperava, aí é que um excelente tenista como Ferrero ganhou.
Contemporâneo de Ferrero, Gustavo Kuerten é a maior notícia do tênis nacional, por sua aposentadoria. Como Ferrero, Kuerten teve as últimas glórias há cerca de cinco anos.
Neste ano, com sua saída, pouco se falou de vitórias para o tênis brasileiro. O ranking da semana, porém, põe dois brasileiros em evidência.
Marcos Daniel já foi dado como "morto" para o tênis. Seja pelas lesões que enfrentou, seja por sua idade (quase 30 anos). Número 74 do ranking, agora está próximo de conseguir uma vaga na Olimpíada.
Thomaz Bellucci, a outra grande revelação do ano, saltou 19 posições, para o número 81. Até o início do ano, pouco se esperava dele. O plano de chegar ao top 100, pessoas próximas a ele diziam, era para 2009.
E agora, entre Roger Federer, Novak Djokovic, Nadal, a temporada de saibro e outras discussões, o mundo do tênis também começa a falar de Daniel em Roland Garros, dos sucessivos títulos de Bellucci, de dois brasileiros já garantidos na chave de Wimbledon, de quem pode ser o representante nacional em Pequim.
Quando parece que nada vai rolar, é que algumas (boas) surpresas podem aparecer.

PELO BRASIL
Após o título em Itu, Rogério Silva venceu o Future de São Roque. Na final, bateu André Miele de virada. Nesta semana, o circuito segue com o torneio em Caldas Novas.

EM SÃO PAULO
Já estão à venda os ingressos para o Grand Champions, etapa do circuito de veteranos da ATP, que será no ginásio do Ibirapuera a partir da próxima quarta. Informações em www.ingressofacil.com.br.

FESTA
Carlos Alberto Kirmayr celebra três anos do Instituto Lob e 25 anos de seu centro de treinamento Kirmayr em Serra Negra.


reandaku@uol.com.br

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