São Paulo, quarta-feira, 14 de maio de 2008

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Cenas têm "futebol que foi extinto"

DA SUCURSAL DO RIO

O cineasta José Carlos Asbeg acredita que o filme sobre a Copa-58 vai mostrar aos torcedores um futebol que não existe mais.
Um dos trechos preferidos de Asbeg é a cena da jogada do primeiro gol da seleção na partida contra a extinta União Soviética, a terceira do time no Mundial da Suécia.
""O Didi ficou com a bola na intermediária adversária por quase dez segundos. Ele teve tempo de olhar para o Garrincha, para o Pelé e para mais um jogador antes de dar um passe magistral para o Vavá com a parte externa do pé. Nada disso se vê mais hoje", disse Asbeg.
""Não gosto de entrar nesse debate, se o futebol daquela época era melhor ou pior do que o de hoje. Mas não podemos negar que naqueles anos o futebol tinha mais possibilidade de expressão de arte. Parecia uma dança, um balé. Antes, o jogador tirava o marcador para dançar. Isso também acabou, mas vamos poder rever", afirmou o diretor, que colocará uma série especial de jogadas de Garrincha no documentário.
Integrante da delegação brasileira na Copa de 58, o preparador físico Paulo Amaral também participa do filme. Considerado um dos profissionais que revolucionaram o treinamento de futebol no Brasil, ele -primeiro preparador da seleção- morreu há cerca de 15 dias.


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