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Tênis investe R$ 1 bilhão para se proteger da chuva
Madri, Wimbledon e Roland Garros constroem tetos para garantir partidas
US Open também planeja ter cobertura retrátil a fim de entrar na onda de quadras
que impedem atrasos e permitem jogos noturnos
FERNANDO ITOKAZU
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um investimento bilionário
está em curso para proteger os
tenistas, principalmente os da
elite, da chuva, e também os interesses comerciais do esporte.
O equivalente a R$ 1,075 bilhão já foi gasto ou está orçado
para a construção de tetos retráteis, dinheiro que seria suficiente para construir pelo menos três estádios de futebol no
Brasil para a Copa de 2014 (isso
pela previsão das cidades candidatas a receber o Mundial).
Em pouco mais de uma semana, três grandes torneios foram notícia por esse tema.
Na semana passada, Madri
inaugurou um complexo que
custou 160 milhões (cerca de
R$ 458 milhões), com três quadras cobertas que, juntas, podem receber 20,5 mil pessoas,
ou mais do que a capacidade da
Vila Belmiro, o estádio do Santos. As arenas estão sendo usadas já nesta semana em um torneio com chaves masculina e
feminina na capital espanhola.
O francês Dominique Perrault é quem assina o projeto
da Caixa Mágica, o complexo
espanhol que foi construído
para servir como trunfo de Madri na sua candidatura para receber a Olimpíada de 2016
"É o Taj Mahal do tênis", declarou Ion Tiriac, o organizador da competição de Madri.
Ontem, os cartolas de Roland
Garros, em Paris, anunciaram
o projeto vencedor para a construção do teto retrátil na quadra central, que pode abrigar 15
mil pessoas. Além disso, mais
duas quadras do complexo terão teto que pode ser aberto ou
fechado em minutos. O custo é
estimado em 120 milhões
(cerca de R$ 343 milhões).
A proposta vencedora foi a
do francês Marc Mimram, que
superou três concorrentes. Ele
tem no seu currículo a Biblioteca Nacional de Paris.
No domingo, um torneio
amistoso, com a presença do
casal Andre Agassi e Steffi
Graff, irá inaugurar a nova quadra central do mítico complexo
de Wimbledon, em Londres,
com um teto retrátil que custou quase R$ 64 milhões.
O novo teto de Wimbledon
leva a assinatura do escritório
Populous, que tem arenas esportivas como um de seus pontos fortes, como o Emirates
Stadium, o estádio do Arsenal,
e o ginásio do Denver Nuggets,
o time do pivô Nenê na NBA.
Como o Aberto da Austrália
já usa a cobertura retrátil, o
único Grand Slam (a série dos
quatro principais torneios do
tênis) sem uma quadra coberta
seria o US Open. Mas os americanos já planejam gastar US$
100 milhões (cerca de R$ 210
milhões) em sua arena central.
Os organizadores dos torneios dizem que quadras cobertas garantem condições climáticas constantes para os tenistas e também a satisfação de
torcedores que compram ingresso para um dia específico.
Mas também deixam claro
que as emissoras de TV, que investem pesado em direitos de
transmissão, serão as grandes
beneficiadas. "Nós estamos na
televisão de 125 países por todo
o mundo, que agora terão tênis
ao vivo durante todo o dia", disse Ian Ritchie, o executivo-chefe do All England Lawn Tennis,
que organiza Wimbledon.
Com agências internacionais
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