São Paulo, sábado, 14 de maio de 2011

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Com Muricy, zaga é quase imbatível

SANTOS
Equipe inverte estigma e leva apenas dois gols em dez jogos


Ricardo Nogueira/Folhapress
Muricy comanda treino do Santos para a final de amanhã

LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

O que era a maior dor de cabeça do Santos agora é um de seus principais trunfos para derrotar o Corinthians e conquistar o Estadual amanhã: o sistema defensivo.
Méritos de Muricy Ramalho. Desde que o treinador assumiu o time, há um mês, a zaga santista sofreu apenas dois gols em dez jogos -média de 0,2 tento por jogo.
Algo impensável para um time que, desde sua explosão, ano passado, ganhou fama por ter um ataque positivo, mas levar muitos gols.
No ano passado, seja no Brasileiro, em que fracassou, ou no Estadual e na Copa do Brasil, quando foi campeão, a média de gols sofridos do clube foi de 1,3, em média.
O desempenho da defesa santista começou 2011 no mesmo patamar de 2010.
Nos dez jogos que o então interino Marcelo Martelotte comandou o time, o Santos levou 13 gols (média de 1,3), mesmo número de tentos sofridos na gestão Adilson Batista, que durou apenas 11 partidas (média de 1,1).
"Tínhamos pouca responsabilidade sem a bola. Agora, estamos correndo e marcando porque sabemos que, com a bola nos pés, temos qualidade", disse o goleiro Rafael.
O bom desempenho da zaga, por sinal, pode render um feito histórico ao jovem goleiro santista. Ele não sofre gols há 561 minutos e está a 130 minutos de igualar Fábio Costa, detentor do recorde do clube, que passou 691 minutos sem ser vazado.
"Não me preocupo com isso. Só quero ser campeão."
Porém tudo tem um preço. Se a média de gols sofridos despencou, o ataque do Santos também ficou mais econômico na era Muricy.
Nestes dez jogos, o ataque liderado por Neymar marcou apenas 13 gols -média de 1,3. Com Martelotte e Adilson, foram de dois por jogo.
O volante Arouca traz uma explicação. "Desde a chegada do Muricy, nós conversamos bastante sobre a defesa. Mas [o combate] começa com o Neymar e o Zé Love, que não têm feito gols, mas nos ajudam na marcação. Esperamos ficar muito mais tempo sem sofrer gols."
Se a defesa santista permanecer invicta amanhã, o Santos garante, ao menos, a decisão por pênaltis. Nesse quesito, o goleiro Rafael mostra sua força: de dez cobranças que enfrentou, ele defendeu quatro, e viu outras três serem batidas para fora. "Sei onde cada um [corintiano] bate", disse o goleiro.


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