|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
em crise
Basquete perde vaga, cabeça e até estrela
Feminino cai diante de Belarus e tenta classificação olímpica na repescagem
Cestinha de competição e candidata a MVP, Iziane se rebela durante jogo, não entra em quadra e é cortada pelo técnico Paulo Bassul
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina perdeu
ontem sua melhor chance de se
classificar para a Olimpíada de
Pequim. A derrota para Belarus, por 86 a 79, agrava mais a
crise no basquete nacional, cuja
equipe masculina não disputa o
principal evento multiesportivo do planeta há 12 anos.
Primeiro colocado do Grupo
C e com o melhor ataque do
Pré-Olímpico Mundial de Madri, a seleção mostrou falhas
ofensivas e falta de coesão na
derrota para as bielo-russas.
Mas a cabalística sexta-feira
13 brasileira seria ainda pior.
Além da derrota, o time nacional perdeu sua principal jogadora. Insatisfeita por ter sido
substituída durante o jogo -as
reservas melhoraram o rendimento da equipe-, Iziane se
recusou a entrar em quadra no
segundo tempo, ao ser requisitada pelo técnico Paulo Bassul.
"Então você está fora", respondeu o treinador, que cumpriu a palavra e cortou a atleta.
Iziane entrou em quadra como
a cestinha da seletiva e candidata a MVP (melhor jogadora).
Saiu como vilã da derrota.
Equipe mais bem colocada
no ranking da Fiba (Federação
Internacional de Basquete) entre os 12 países que disputam o
torneio, com a quarta posição, o
Brasil esteve atrás no placar
durante a maior parte do jogo.
Sua adversária de ontem será
estreante em Olimpíadas. E,
antes do bronze no Pré-Olímpico Europeu-07, nunca havia
subido ao pódio em nenhum
torneio continental sequer. No
ranking da Fiba está em 30º lugar. É uma das mais baixas posições entre os países do classificatório, ficando à frente apenas de Angola (42º) e da equipe
amadora de Fiji (58º).
Bassul terá hoje a difícil tarefa de reconstruir o grupo menos de 24 horas depois do abalo
emocional de uma derrota doída. O time é bastante renovado
em relação ao que terminou em
quarto lugar nos Jogos de Atenas-04 e no Mundial-06, em
São Paulo. Quatro jogadoras
importantes -a ala Janeth, a
ala-armadora Helen e as pivôs
Alessandra e Cíntia Tuiú- se
aposentaram da seleção. Além
disso, o time perdeu por lesão
mais duas remanescentes do
Mundial, Karen e Érika.
Agora, o Brasil joga a repescagem em busca da última vaga
olímpica em disputa. Hoje, pega a frágil Angola. Se vencer, deve enfrentar amanhã, em busca
da classificação, a temida Cuba,
que eliminou o Brasil no Pré-Olímpico do Chile, em 2007.
Texto Anterior: Argentina: Treinador esconde quem pega Equador Próximo Texto: Frases Índice
|