São Paulo, domingo, 14 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

São Paulo escapa no fim de revés e ainda faz festa

Borges impede fiasco ante Santo André e alivia time em semana de Libertadores

São Paulo 1
Santo André 1


CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo não conseguiu superar ontem o Santo André e nem se livrar do tabu de, há quatro anos, não obter um triunfo contra o time do ABC.
Mas isso pouco importa para os jogadores tricolores. Ontem, o empate em 1 a 1 no Morumbi, pelo Brasileiro, foi bem recebido pelos são-paulinos, que perdiam do adversário até os 39min da etapa final.
Porém, um chute certeiro de Borges, artilheiro da equipe no Nacional, com três gols, impediu o segundo revés neste ano contra o Santo André e trouxe alívio para a equipe tricolor.
"Graças a Deus empatamos. Jogamos mal e, se tivéssemos perdido, íamos ter uma semana muito difícil", disse o atacante Borges, herói são-paulino.
Na etapa inicial, o que o São Paulo mais temia aconteceu. Marcelinho, visto pelos jogadores tricolores como a maior ameaça do adversário, marcou um golaço aos 27min do primeiro tempo.
"Nosso time está muito previsível. Se ficarmos dando esses passes de lado o jogo inteiro, não vamos ganhar nunca", disse o atacante Dagoberto.
Com o empate em 1 a 1, tanto o São Paulo como o Santo André foram a sete pontos no Nacional e seguem longe do G4.
Ontem, o São Paulo não soube aproveitar a maior posse de bola e suas várias oportunidades de gol. Os erros de passe impediam que as chances no ataque fossem concretizadas.
Com Washington mal na partida, coube a Marlos e Borges levar perigo ao gol de Neneca, que fez ao menos duas grandes defesas durante o duelo.
Já o Santo André tentava aproveitar os contra-ataques. Também obrigou Denis a trabalhar, especialmente com Marcelinho e Antonio Flávio.
A estratégia da equipe visitante deu certo. Aos 27min, o time do ABC superou a marca pessoal do goleiro são-paulino, que estava há três jogos do Nacional sem tomar gols. Após receber a bola na entrada da área, Marcelinho chutou de primeira, no ângulo de Dênis: 1 a 0.
O gol abalou os são-paulinos, que passaram a errar ainda mais passes e finalizações. Jorge Wagner, pela esquerda, e Jean, pela direita, não avançavam com eficiência ao ataque. A marcação do Santo André no meio-campo era eficaz.
Satisfeito com o resultado, o time do técnico Sérgio Guedes recuou. E permaneceu na defesa durante todo o segundo tempo, resistindo à pressão são-paulina, que melhorou seu poderio ofensivo com a entrada de Junior Cesar no lugar de Jorge Wagner e de Dagoberto no lugar de Jean.
A má fase do ataque são-paulino parecia impedir que o placar se alterasse. Até que Borges, faltando oito minutos para o fim do jogo, aproveitou o rebote de um chute de Washington e igualou o duelo, para alívio geral no Morumbi.
Superado o compromisso contra o Santo André, o São Paulo se volta para sua real prioridade nesta temporada.
O time retoma amanhã sua preparação para o duelo decisivo ante o Cruzeiro, quinta-feira, no Morumbi, pelas quartas de final da Libertadores. A equipe tricolor entra em regime de concentração já a partir da noite de terça-feira.
"A partida de hoje [ontem] serve como alerta. Jogamos mal e temos que melhorar muito para podermos pensar em vencer o Cruzeiro", declarou o volante Hernanes.
Como perdeu por 2 a 1 o jogo de ida, no Mineirão, o São Paulo precisa de uma vitória por 1 a 0 para se classificar para as semifinais. Triunfo por 2 a 1 leva a decisão para os pênaltis.
Ciente disso, o técnico Muricy Ramalho vem promovendo treinamento de pênaltis desde a semana passada.
Contra os mineiros, o treinador terá a volta do zagueiro Renato Silva, recuperado de uma contratura na coxa direita. Zé Luis, que ontem cumpriu suspensão, também deve retornar ao time titular no confronto.


Texto Anterior: Juca Kfouri: Era Dunga e não sabia
Próximo Texto: Adeus: Algoz fala em se aposentar em 2010
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.