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São Paulo escapa no fim de revés e ainda faz festa
Borges impede fiasco ante Santo André e alivia time em semana de Libertadores
São Paulo 1
Santo André 1
CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo não conseguiu
superar ontem o Santo André e
nem se livrar do tabu de, há
quatro anos, não obter um
triunfo contra o time do ABC.
Mas isso pouco importa para
os jogadores tricolores. Ontem,
o empate em 1 a 1 no Morumbi,
pelo Brasileiro, foi bem recebido pelos são-paulinos, que perdiam do adversário até os
39min da etapa final.
Porém, um chute certeiro de
Borges, artilheiro da equipe no
Nacional, com três gols, impediu o segundo revés neste ano
contra o Santo André e trouxe
alívio para a equipe tricolor.
"Graças a Deus empatamos.
Jogamos mal e, se tivéssemos
perdido, íamos ter uma semana
muito difícil", disse o atacante
Borges, herói são-paulino.
Na etapa inicial, o que o São
Paulo mais temia aconteceu.
Marcelinho, visto pelos jogadores tricolores como a maior
ameaça do adversário, marcou
um golaço aos 27min do primeiro tempo.
"Nosso time está muito previsível. Se ficarmos dando esses
passes de lado o jogo inteiro,
não vamos ganhar nunca", disse o atacante Dagoberto.
Com o empate em 1 a 1, tanto
o São Paulo como o Santo André foram a sete pontos no Nacional e seguem longe do G4.
Ontem, o São Paulo não soube aproveitar a maior posse de
bola e suas várias oportunidades de gol. Os erros de passe impediam que as chances no ataque fossem concretizadas.
Com Washington mal na
partida, coube a Marlos e Borges levar perigo ao gol de Neneca, que fez ao menos duas grandes defesas durante o duelo.
Já o Santo André tentava
aproveitar os contra-ataques.
Também obrigou Denis a trabalhar, especialmente com
Marcelinho e Antonio Flávio.
A estratégia da equipe visitante deu certo. Aos 27min, o
time do ABC superou a marca
pessoal do goleiro são-paulino,
que estava há três jogos do Nacional sem tomar gols. Após receber a bola na entrada da área,
Marcelinho chutou de primeira, no ângulo de Dênis: 1 a 0.
O gol abalou os são-paulinos,
que passaram a errar ainda
mais passes e finalizações. Jorge Wagner, pela esquerda, e
Jean, pela direita, não avançavam com eficiência ao ataque.
A marcação do Santo André no
meio-campo era eficaz.
Satisfeito com o resultado, o
time do técnico Sérgio Guedes
recuou. E permaneceu na defesa durante todo o segundo tempo, resistindo à pressão são-paulina, que melhorou seu poderio ofensivo com a entrada
de Junior Cesar no lugar de
Jorge Wagner e de Dagoberto
no lugar de Jean.
A má fase do ataque são-paulino parecia impedir que o placar se alterasse. Até que Borges,
faltando oito minutos para o
fim do jogo, aproveitou o rebote de um chute de Washington
e igualou o duelo, para alívio geral no Morumbi.
Superado o compromisso
contra o Santo André, o São
Paulo se volta para sua real
prioridade nesta temporada.
O time retoma amanhã sua
preparação para o duelo decisivo ante o Cruzeiro, quinta-feira, no Morumbi, pelas quartas
de final da Libertadores. A
equipe tricolor entra em regime de concentração já a partir
da noite de terça-feira.
"A partida de hoje [ontem]
serve como alerta. Jogamos
mal e temos que melhorar muito para podermos pensar em
vencer o Cruzeiro", declarou o
volante Hernanes.
Como perdeu por 2 a 1 o jogo
de ida, no Mineirão, o São Paulo
precisa de uma vitória por 1 a 0
para se classificar para as semifinais. Triunfo por 2 a 1 leva a
decisão para os pênaltis.
Ciente disso, o técnico Muricy Ramalho vem promovendo treinamento de pênaltis
desde a semana passada.
Contra os mineiros, o treinador terá a volta do zagueiro Renato Silva, recuperado de uma
contratura na coxa direita. Zé
Luis, que ontem cumpriu suspensão, também deve retornar
ao time titular no confronto.
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