São Paulo, segunda-feira, 14 de junho de 2010

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Nos oponentes do Brasil, ídolo trava

Estrelas de Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal ficam, na seleção, longe da ótima produção dos clubes

DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO

Pelo que fazem em seus clubes, a seleção brasileira tem motivos de sobra para se preocupar com os principais jogadores de seus três rivais na primeira fase da Copa.
Mas, pelo que aconteceu nos últimos tempos com a camisa de suas seleções, o português Cristiano Ronaldo, 25, o marfinense Didier Drogba, 32, e o norte-coreano Jong Tae-se, 26, não devem assustar tanto o time de Dunga.
Um imenso fosso separa a performance do trio em seus clubes e nas suas seleções.
Na sua primeira temporada defendendo o Real Madrid, Cristiano Ronaldo não ganhou títulos, mas teve números impressionantes na artilharia do clube espanhol.
Foram 35 jogos por Espanhol e Copa dos Campeões da Europa, com 33 gols feitos, o que dá a fantástica média de 0,94 tento por partida.
Jogando por Portugal, o atacante marcou apenas um gol nos últimos dois jogos, ainda assim de pênalti e em um amistoso contra a frágil Finlândia. Para Carlos Queiroz, o treinador da seleção lusa, o importante é que Cristiano Ronaldo acerte o pé no Mundial da África do Sul.
Drogba ainda precisa se recuperar de uma fratura no braço para jogar sua segunda Copa do Mundo. Se conseguir, terá a chance de atuar por seu país no mesmo nível do que no inglês Chelsea.
Em 2010, o atacante jogou oito partidas pela Costa do Marfim. Balançou as redes apenas três vezes, com uma média de 0,37 gol por jogo.
Marca muito distante da que registrou por seu clube na temporada 2009/2010, justamente na que bateu seu recorde de gols por jogos oficiais no futebol europeu. Foram 37 tentos em 40 partidas, média de 0,92 por confronto.

"ROONEY DA COREIA"
Jong Tae-se tem status de astro no Japão, país onde nasceu e joga -defende o Kawasaki Frontale. Sua fama lhe valeu até o apelido de "Wayne Rooney asiático".
Desde que virou profissional, em 2006, ele registra a razoável média de 0,46 gol por jogo. Nas eliminatórias asiáticas, seu maior desafio até agora com a camisa norte-coreana, ele decepcionou. Marcou um mísero gol em 12 partidas disputadas.
Jong, que tinha a opção de jogar por Coreia do Sul ou Japão, diz que tem "orgulho" de ter optado pelos norte-coreanos. E explica por que faz mais gols pelo Kawasaki.
"Nós somos um time ofensivo, é diferente. Em termos de futebol, nossa seleção joga mais defensivamente. Por isso existe mais pressão em cima de mim", disse ele, antes de se apresentar para o Mundial. (EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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