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Nos oponentes do Brasil, ídolo trava
Estrelas de Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal ficam, na seleção, longe da ótima produção dos clubes
DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
Pelo que fazem em seus
clubes, a seleção brasileira
tem motivos de sobra para se
preocupar com os principais
jogadores de seus três rivais
na primeira fase da Copa.
Mas, pelo que aconteceu
nos últimos tempos com a camisa de suas seleções, o português Cristiano Ronaldo, 25,
o marfinense Didier Drogba,
32, e o norte-coreano Jong
Tae-se, 26, não devem assustar tanto o time de Dunga.
Um imenso fosso separa a
performance do trio em seus
clubes e nas suas seleções.
Na sua primeira temporada defendendo o Real Madrid, Cristiano Ronaldo não
ganhou títulos, mas teve números impressionantes na
artilharia do clube espanhol.
Foram 35 jogos por Espanhol e Copa dos Campeões
da Europa, com 33 gols feitos, o que dá a fantástica média de 0,94 tento por partida.
Jogando por Portugal, o
atacante marcou apenas um
gol nos últimos dois jogos,
ainda assim de pênalti e em
um amistoso contra a frágil
Finlândia. Para Carlos Queiroz, o treinador da seleção lusa, o importante é que Cristiano Ronaldo acerte o pé no
Mundial da África do Sul.
Drogba ainda precisa se
recuperar de uma fratura no
braço para jogar sua segunda
Copa do Mundo. Se conseguir, terá a chance de atuar
por seu país no mesmo nível
do que no inglês Chelsea.
Em 2010, o atacante jogou
oito partidas pela Costa do
Marfim. Balançou as redes
apenas três vezes, com uma
média de 0,37 gol por jogo.
Marca muito distante da
que registrou por seu clube
na temporada 2009/2010,
justamente na que bateu seu
recorde de gols por jogos oficiais no futebol europeu. Foram 37 tentos em 40 partidas,
média de 0,92 por confronto.
"ROONEY DA COREIA"
Jong Tae-se tem status de
astro no Japão, país onde
nasceu e joga -defende o Kawasaki Frontale. Sua fama
lhe valeu até o apelido de
"Wayne Rooney asiático".
Desde que virou profissional, em 2006, ele registra a
razoável média de 0,46 gol
por jogo. Nas eliminatórias
asiáticas, seu maior desafio
até agora com a camisa norte-coreana, ele decepcionou.
Marcou um mísero gol em 12
partidas disputadas.
Jong, que tinha a opção de
jogar por Coreia do Sul ou Japão, diz que tem "orgulho"
de ter optado pelos norte-coreanos. E explica por que faz
mais gols pelo Kawasaki.
"Nós somos um time ofensivo, é diferente. Em termos
de futebol, nossa seleção joga mais defensivamente. Por
isso existe mais pressão em
cima de mim", disse ele, antes de se apresentar para o
Mundial.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E
SÉRGIO RANGEL)
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