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CRÍTICA TV
Entre vuvuzelas, fico com o sotaque dos comentaristas
MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
EDITOR DE OPINIÃO
Não importa o narrador, o
comentarista, o entrevistado, o canal. Quem sempre está lá, em todos os jogos e em
todos os ouvidos, é ela, a famigerada vuvuzela.
Plana e monocórdia, tudo
iguala-se em sua pasta sonora persistente e triste. Não
nos deixa ouvir o colorido
das vozes, dos gritos e dos
cânticos das diversas torcidas. Totalitária, impõe seu
fom-fom funhanhado aos
nossos fatigados tímpanos.
Prefiro sotaques. O do Neto, na Band, é caipira dos
bão. Comentarista Monteiro
Lobato, direto do "Sítio do Picapau Amarelo", mandou
bem ao observar que a vuvuzela "atrapaia". Já Edmundo,
o outro lado da Band, é carioquérrrimo. E fiquei pasmo ao
ouvi-lo considerar o juiz bonzinho na distribuição de cartões. Do gramado ao microfone, mudança animal.
Já o Casão vai de paulistanês. Pelamordideus! Adoro.
Ontem lembrou ao Galvão o
nome do ator que fazia o Drácula. Bela Lugosi. "Muito
bem, Casagrande", agradeceu o inenarrável narrador.
Copa também é cultura.
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