São Paulo, segunda-feira, 14 de junho de 2010

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Retorno de técnico tem lado político

Diretoria aposta na vinda de Scolari e de reforços para vencer as eleições

DE SÃO PAULO

As chegadas do atacante Kleber e do técnico Luiz Felipe Scolari e o anúncio de que o Palmeiras contratou o empresário Giuseppe Dioguardi para intermediar a negociação com o Al-Ain, dos Emirados Árabes Unidos, para repatriar Valdivia fazem parte da estratégia da atual diretoria para vencer as próximas eleições, em janeiro de 2011.
Com a aproximação política dos grupos dos ex-presidentes Mustafa Contursi e Affonso Della Monica, a situação sabe que não teria votos suficientes para reeleger Luiz Gonzaga Belluzzo e tenta mudar o atual cenário no Palmeiras para criar uma situação favorável para um segundo mandato do economista.
A atual diretoria vem sendo muito criticada após o fracasso do time no Campeonato Brasileiro do ano passado e a grande quantidade de dinheiro gasto em vão.
Após as contratações de Kleber e Scolari, ídolos de torcedores, dirigentes e conselheiros, a situação diminui a pressão em cima da sua gestão e começa a ganhar a simpatia de quem tem poder de voto no clube.
Mais do que isso, a diretoria está usando todas as suas alianças políticas para atingir seus objetivos. E não poupa esforços para levantar o máximo de dinheiro possível a curto prazo para pagar os direitos de imagem de alguns jogadores que estão atrasados e ainda ter capital para continuar contratando.
Apesar dos membros da cúpula do Palmeiras negarem, o primeiro passo foi buscar o apoio de Fábio Koff, presidente do Clube dos 13 e amigo pessoal de Scolari, para fechar contrato com o técnico. O dirigente gaúcho até teria dado garantia financeira de que o salário de Felipão não seria atrasado.
Em troca, o clube quebrou a aliança que tinha com a Federação Paulista de Futebol e a CBF e votou a favor da reeleição de Koff no C13.
Depois, pediu que a Fiat adiantasse parcelas do contrato e garantiu que as atuais prestações continuassem a ser pagas, deixando o desconto para os últimos meses. Fato que Belluzo nega.
Em resumo, a diretoria pegou muito dinheiro para ganhar a eleição e só depois vai pensar em como administrar o balancete. Ou isso ficará para o próximo presidente.


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