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Retorno de técnico tem lado político
Diretoria aposta na vinda de Scolari e de reforços para vencer as eleições
DE SÃO PAULO
As chegadas do atacante
Kleber e do técnico Luiz Felipe Scolari e o anúncio de que
o Palmeiras contratou o empresário Giuseppe Dioguardi
para intermediar a negociação com o Al-Ain, dos Emirados Árabes Unidos, para repatriar Valdivia fazem parte
da estratégia da atual diretoria para vencer as próximas
eleições, em janeiro de 2011.
Com a aproximação política dos grupos dos ex-presidentes Mustafa Contursi e Affonso Della Monica, a situação sabe que não teria votos
suficientes para reeleger Luiz
Gonzaga Belluzzo e tenta
mudar o atual cenário no Palmeiras para criar uma situação favorável para um segundo mandato do economista.
A atual diretoria vem sendo muito criticada após o fracasso do time no Campeonato Brasileiro do ano passado
e a grande quantidade de dinheiro gasto em vão.
Após as contratações de
Kleber e Scolari, ídolos de
torcedores, dirigentes e conselheiros, a situação diminui
a pressão em cima da sua
gestão e começa a ganhar a
simpatia de quem tem poder
de voto no clube.
Mais do que isso, a diretoria está usando todas as suas
alianças políticas para atingir seus objetivos. E não poupa esforços para levantar o
máximo de dinheiro possível
a curto prazo para pagar os
direitos de imagem de alguns
jogadores que estão atrasados e ainda ter capital para
continuar contratando.
Apesar dos membros da
cúpula do Palmeiras negarem, o primeiro passo foi
buscar o apoio de Fábio Koff,
presidente do Clube dos 13 e
amigo pessoal de Scolari, para fechar contrato com o técnico. O dirigente gaúcho até
teria dado garantia financeira de que o salário de Felipão
não seria atrasado.
Em troca, o clube quebrou
a aliança que tinha com a Federação Paulista de Futebol e
a CBF e votou a favor da reeleição de Koff no C13.
Depois, pediu que a Fiat
adiantasse parcelas do contrato e garantiu que as atuais
prestações continuassem a
ser pagas, deixando o desconto para os últimos meses.
Fato que Belluzo nega.
Em resumo, a diretoria pegou muito dinheiro para ganhar a eleição e só depois vai
pensar em como administrar
o balancete. Ou isso ficará
para o próximo presidente.
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