São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 2011

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Futuro é nebuloso para LeBron

NBA
Renegociação de salários na liga torna bem mais complicado o primeiro título do astro


DE SÃO PAULO

LeBron James falhou mais uma vez na tentativa de ganhar um título da NBA. E uma combinação de fatores promete tornar ainda mais difícil a busca da taça pelo astro nos próximos anos.
Problemas físicos de seu principal companheiro, e principalmente o imbróglio legal em que a liga de basquete dos EUA vai entrar nos próximos dias, conspiram contra o sonho do ala, que está na NBA desde 2003.
Segundo cartolas e jogadores, é enorme a chance de a temporada 2011/2012 não ser realizada. Isso por culpa da negociação para o novo acordo coletivo de trabalho entre a liga e os atletas.
Os donos querem diminuir a folha de pagamento dos jogadores em cerca de US$ 600 milhões (quase R$ 950 milhões). E ainda exigem regras mais rígidas para os times que excederem o teto salarial, que nesta temporada ficou, pelo câmbio atual, em cerca de R$ 91 milhões.
Isso significa que é quase certo que as franquias terão que reduzir os gastos com os salários de seus jogadores.
E aí começa o problema do Miami Heat de LeBron.
Ao acertar com o trio de astros formado pelo ala, por Dwyane Wade e por Chris Bosh até 2016, o time da Flórida já não tem espaço na sua folha de pagamento para contratar novos reforços -os três consomem mais de 80% da folha salarial da equipe.
Com a redução no teto salarial, a situação ficará ainda mais dramática, e a franquia não terá como reforçar um elenco que mostrou sérias limitações na série final, vendida pelo Dallas por 4 a 2.
Se as previsões se confirmarem, e a NBA parar por pelo menos uma temporada, LeBron James, 27, terá em Dwyane Wade um parceiro envelhecido em 2012.
Na temporada 2012/2013, o armador já terá ultrapassado a barreira dos 30 anos. Um problema para quem tem lesão crônica no ombro e sofreu com uma contusão no quadril contra o Dallas.
Mais do que a falta de ajuda, LeBron terá também que desafiar a fama, cada vez mais justificada, de falhar nos momentos decisivos.
Nunca na história da NBA um jogador de primeira linha viu tamanha discrepância de desempenho na decisão da liga em relação à fase de classificação quanto o ala.
LeBron terminou a série contra o Dallas com média de 17,8 pontos por jogo, contra 26,7 da fase de classificação.
Sua característica de atacar a defesa adversária, indo para bandejas ou parado por faltas, também não se repetiu nos momentos decisivos.
Na fase de classificação, LeBron foi para a linha do lance livre, em média, 8,4 vezes por jogo. Na decisão, sua média não chegou a três.
Após o novo fracasso, o ala fez pouco caso das críticas. "No fim de tudo, todas as pessoas que me criticam vão acordar no dia seguinte e ter a mesma vida que elas tinham antes", disse LeBron, que recomendou aos fãs do Miami "virarem a página".


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