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São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2003

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FUTEBOL

Time vence Flu no Maracanã após 17 anos e, pela 3ª rodada seguida, vê frustrada chance de passar Cruzeiro na ponta

São Paulo quebra tabu, mas continua vice

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo fez o seu. Bateu o Fluminense por 3 a 1, ontem, no Maracanã, mas não alcançou a liderança do Brasileiro-2003.
O Cruzeiro segue à sua frente. Venceu em Porto Alegre e frustrou os planos dos são-paulinos pela terceira vez consecutiva.
Se tivesse batido o São Caetano (apenas empatou) na rodada retrasada, o time de Roberto Rojas teria alcançado o de Wanderley Luxemburgo, já que os mineiros haviam perdido para o Figueirense. Depois, o São Paulo venceu o Coritiba e, ontem, o Fluminense, mas o time de Belo Horizonte também somou seis pontos nas duas últimas rodadas.
A situação narrada pelo são-paulino Luis Fabiano antes do jogo aconteceu. Ele disse que seria mais fácil os mineiros passarem pelo Grêmio do que o seu time sair com três pontos e com a liderança do Rio. Contudo o São Paulo quebrou um tabu: havia 17 anos que o time não batia o Fluminense no Maracanã. De quebra, tornou-se o time com melhor aproveitamento fora de casa (60%).
O 3 a 1 não mostrou o que foi o truncado jogo do Maracanã. Os dribles perderam de goleada para as faltas e os desarmes: 26, 61 e 224, respectivamente. Os goleiros pouco atuaram, já que os visitantes acertaram quatro chutes, e os donos da casa, seis.
Luis Fabiano "trabalhou" só uma vez no primeiro tempo. Aproveitou rebote do goleiro Kléber depois de chute de Gustavo Nery e abriu o placar aos 12min. Foi o seu único chute e o último do São Paulo no primeiro tempo.
O time paulista recuou, deu espaço aos donos da casa, que, a partir de então, chutaram seis vezes contra o gol de Rogério. Mas o estilo pragmático do São Paulo só ruiu porque Júlio Santos fez pênalti em Sorato, aos 29min. O zagueiro puxou o atacante pelo pescoço dentro da área. Sorato cobrou e empatou o jogo, que esteve truncado até o apito do juiz.
Só no primeiro tempo, foram 30 faltas (Fluminense 13 x 17 São Paulo), 108 desarmes (57 x 51), 36 bolas perdidas (20 x 16), segundo as estatísticas do Datafolha.
Como o panorama não se alterava, Rojas resolveu mudar. Aos 11min do segundo tempo, tirou Rico e colocou a sensação Diego.
O corintiano declarado precisou de oito minutos para mostrar que em campo é São Paulo, como o próprio afirmou durante a semana. Aproveitou sobra na pequena área e, de puxeta, desempatou o jogo: 2 a 1.
O colorido dado pelo belo gol foi passageiro. Só nos seus minutos finais, o jogo acendeu.
Esperto, Luis Fabiano aproveitou o critério do juiz Evandro Rogério Roman para ganhar um pênalti aos 40min. Aproveitou o empurrão que recebeu de Marciel e se jogou para trás. O juiz apitou a infração. Ele mesmo cobrou a penalidade: São Paulo 3 a 1.
Nos minutos seguintes, os donos da casa tiveram três chances para marcar dois gols e chegar ao empate, mas fracassaram.
Tiago derrubou Júnior César dentro da área, o terceiro pênalti do jogo. Sorato ajeitou a bola, afastou-se, chutou, mas, antes de Rogério fazer a defesa, o auxiliar Francisco Aurelio Prado (PR) já havia invalidado a jogada, anotando que o goleiro se adiantara. Na repetição do lance, o goleiro deu um passo à frente e fez nova defesa -o jogo seguiu.
Aos 45min, Rodolfo, de longa distância, acertou o travessão.


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