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FUTEBOL
Time vence Flu no Maracanã após 17 anos e, pela 3ª rodada seguida, vê frustrada chance de passar Cruzeiro na ponta
São Paulo quebra tabu, mas continua vice
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo fez o seu. Bateu o
Fluminense por 3 a 1, ontem, no
Maracanã, mas não alcançou a liderança do Brasileiro-2003.
O Cruzeiro segue à sua frente.
Venceu em Porto Alegre e frustrou os planos dos são-paulinos
pela terceira vez consecutiva.
Se tivesse batido o São Caetano
(apenas empatou) na rodada retrasada, o time de Roberto Rojas
teria alcançado o de Wanderley
Luxemburgo, já que os mineiros
haviam perdido para o Figueirense. Depois, o São Paulo venceu o
Coritiba e, ontem, o Fluminense,
mas o time de Belo Horizonte
também somou seis pontos nas
duas últimas rodadas.
A situação narrada pelo são-paulino Luis Fabiano antes do jogo aconteceu. Ele disse que seria
mais fácil os mineiros passarem
pelo Grêmio do que o seu time
sair com três pontos e com a liderança do Rio. Contudo o São Paulo quebrou um tabu: havia 17 anos
que o time não batia o Fluminense no Maracanã. De quebra, tornou-se o time com melhor aproveitamento fora de casa (60%).
O 3 a 1 não mostrou o que foi o
truncado jogo do Maracanã. Os
dribles perderam de goleada para
as faltas e os desarmes: 26, 61 e
224, respectivamente. Os goleiros
pouco atuaram, já que os visitantes acertaram quatro chutes, e os
donos da casa, seis.
Luis Fabiano "trabalhou" só
uma vez no primeiro tempo.
Aproveitou rebote do goleiro Kléber depois de chute de Gustavo
Nery e abriu o placar aos 12min.
Foi o seu único chute e o último
do São Paulo no primeiro tempo.
O time paulista recuou, deu espaço aos donos da casa, que, a
partir de então, chutaram seis vezes contra o gol de Rogério. Mas o
estilo pragmático do São Paulo só
ruiu porque Júlio Santos fez pênalti em Sorato, aos 29min. O zagueiro puxou o atacante pelo pescoço dentro da área. Sorato cobrou e empatou o jogo, que esteve
truncado até o apito do juiz.
Só no primeiro tempo, foram 30
faltas (Fluminense 13 x 17 São
Paulo), 108 desarmes (57 x 51), 36
bolas perdidas (20 x 16), segundo
as estatísticas do Datafolha.
Como o panorama não se alterava, Rojas resolveu mudar. Aos
11min do segundo tempo, tirou
Rico e colocou a sensação Diego.
O corintiano declarado precisou de oito minutos para mostrar
que em campo é São Paulo, como
o próprio afirmou durante a semana. Aproveitou sobra na pequena área e, de puxeta, desempatou o jogo: 2 a 1.
O colorido dado pelo belo gol
foi passageiro. Só nos seus minutos finais, o jogo acendeu.
Esperto, Luis Fabiano aproveitou o critério do juiz Evandro Rogério Roman para ganhar um pênalti aos 40min. Aproveitou o empurrão que recebeu de Marciel e
se jogou para trás. O juiz apitou a
infração. Ele mesmo cobrou a penalidade: São Paulo 3 a 1.
Nos minutos seguintes, os donos da casa tiveram três chances
para marcar dois gols e chegar ao
empate, mas fracassaram.
Tiago derrubou Júnior César
dentro da área, o terceiro pênalti
do jogo. Sorato ajeitou a bola,
afastou-se, chutou, mas, antes de
Rogério fazer a defesa, o auxiliar
Francisco Aurelio Prado (PR) já
havia invalidado a jogada, anotando que o goleiro se adiantara.
Na repetição do lance, o goleiro
deu um passo à frente e fez nova
defesa -o jogo seguiu.
Aos 45min, Rodolfo, de longa
distância, acertou o travessão.
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