São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 2006

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Liga Mundial, enfim, faz valer nome

Edição de 2006 do 3º principal torneio do vôlei começa hoje com presença do Egito e inédito caráter internacional

Egípcios são única equipe da África, onde federação tenta expandir mercado; número de seleções vai a 16, algo que não ocorria desde 2003


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Egito, país sem grande representatividade no esporte olímpico mundial, é o símbolo de um expansionismo que será testado pela primeira vez na Liga Mundial, que começa hoje.
A seleção egípcia masculina leva a África à disputa da terceira competição mais importante do vôlei -atrás do Mundial e da Olimpíada-, que terá neste ano inédito caráter mundial.
Apesar de discretos, os egípcios até têm resultados para ostentar, mas não é por causa de suas medalhas que figuram na Liga. Há pelo menos dois anos a federação internacional da modalidade tem incrementado seu namoro com novas regiões.
Hoje, as grandes equipes de vôlei ainda estão restritas ao eixo Brasil-Europa-Ásia. Os investimentos em eventos de elite, então, aparecem em faixa bem mais restrita.
Para fomentar o mercado africano, a FIVB tem promovido torneios por lá, divulgados amplamente em seu site. Na contramão, potências como Rússia e EUA ficaram fora de edições da Liga por não concordarem ou não terem verba para bancar os direitos de transmissão de TV. Neste ano, as duas seleções estão de volta. A Rússia, aliás, abrigará as finais.
O movimento de crescimento da competição também é notado na quantidade de equipes. São 16, algo que não ocorria desde 2003. Às finais, graças ao novo regulamento, avançam os quatro primeiros colocados dos grupos, mais o país-sede e um time convidado pela FIVB.
"Estão sempre testando modelos novos com base em razões comerciais. Nossa preocupação é passar para as finais", disse o técnico do Brasil, Bernardinho, que estreará amanhã no Grupo B, formado por Portugal, Argentina e Finlândia.
Os egípcios estão no Grupo D, com Cuba, Coréia do Sul e Bulgária. Apesar de ter surpreendido a Espanha nos Jogos Mediterrâneos de 2005 -foi o primeiro esporte coletivo do país a conquistar um ouro no torneio-, o Egito, como todo o vôlei africano, ainda engatinha no cenário mundial.
"Chegar aqui e representar a África já é um grande feito, que não imaginávamos. Queremos agora um bom papel", diz o auxiliar técnico Ahmed Zakaria.


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