São Paulo, sábado, 14 de julho de 2007

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Turbinado por comitê, squash estréia hoje

Além da modalidade, COB destina, neste ano, R$ 768 mil a confederações de esportes não-olímpicos para evitar resultados pífios

ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O squash é o primeiro esporte não-olímpico a estrear no Pan do Rio. Hoje entram em quadra, no Miécimo da Silva, Ronivaldo Conceição, Rafael Alarcon e Karen Redfern. Órfãos da Lei Piva, seis esportes do Pan nunca receberam tantos recursos. Além do squash, boliche, esqui aquático, caratê e patinação também receberam recursos do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). O futsal, com patrocínio estatal, foi o único não contemplado. Os outros primos pobres levaram R$ 768 mil para seus projetos de preparação.
Com isso, alguns enviaram atletas ao exterior e houve até quem importasse sparring. "Trouxemos a Sarah Fitzgerald [ex-campeã mundial] para dar ajuda técnica", diz Lawrence Magrath, presidente da confederação de squash. O caso da modalidade é significativo. A entidade sobrevive com R$ 20 mil por ano. Por conta do Pan, foi turbinado pelo COB com mais R$ 59 mil. A maior agraciada foi a patinação. Abocanhou R$ 260 mil. Como comparação, as entidades que recebem menos verba da Lei Piva levam R$ 235 mil.
Com a verba, pôde contratar o técnico colombiano Ramiro Laserna. Além disso, manteve entre abril e maio a equipe de patinação de velocidade treinando na Colômbia, uma das potências do esporte. "A viagem foi nosso diferencial. O COB pagou hotel, alimentação e transporte", afirma Geraldo Amaral, vice da confederação de patinação e hóquei.
O caratê foi outro esporte que se estruturou com o dinheiro extra. "Usamos a verba para contratar psicólogo, nutricionista", diz Márcio de Oliveira, diretor da confederação. Em março, a equipe italiana, campeã do Mundial-06, veio ao país para treinos em São Paulo. O boliche também festeja a renda adicional. A entidade, que se mantém com R$ 80 mil anuais, recebeu um acréscimo de R$ 150 mil no orçamento. O presidente da confederação, César Maciel, diz acreditar que o principal ganho foi na divulgação do boliche. "Os torneios receberam mais participantes."
Os esportes não-olímpicos, porém, têm data para voltar à realidade: 29 de julho. Segundo o COB, os recursos foram disponibilizados apenas visando ao Pan do Rio. Não haverá verba após os Jogos.


As competições de SQUASH acontecem de hoje a 19 de julho


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