São Paulo, sábado, 14 de julho de 2007

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Recordista em Pans, Gustavo Borges viveu boom depois de conquistas

DA ENVIADA ESPECIAL DO RIO

As primeiras medalhas da longa coleção de 19 foram o tema que Gustavo Borges escolheu para motivar os atletas da delegação de natação no Pan-Americano do Rio.
Para o ex-nadador, recordista de ouros em Pans ao lado do mesa-tenista Hugo Hoyama, foram elas que deram o empurrão em sua laureada carreira.
"Os Jogos sempre dão um impulso a mais para os atletas que nele se destacam. O moral que conquistei com as cinco medalhas no Pan de Havana-1991 [dois ouros, duas pratas e um bronze] impulsionaram minha carreira", relatou o ex-nadador, hoje dono de uma academia em São Paulo.
"Ainda mais quando vi que meus tempos me colocaram no topo do ranking mundial. Pulei para o quarto lugar nos 100 m livre e fui com mais moral para os Jogos Olímpicos de Barcelona [em 1992]", completou ele, que participou de quatro edições de Pan na carreira.
Borges contou aos nadadores histórias que vivenciou nos Jogos para "treinar" os atletas brasileiros a não se assustarem com o assédio da torcida e da imprensa no Rio de Janeiro.
"Para vocês terem uma idéia de como é competir com torcida a favor, eu vi em meu primeiro Pan um nadador cubano vencer os 200 m peito deixando em segundo o americano que venceria os 100 m peito na Olimpíada do ano seguinte. Tudo porque o público foi à loucura e colocou o atleta da casa nos ombros", disse Borges. "Até o Fidel Castro o recebeu mais tarde", completou.
O ex-nadador disse acreditar que neste Pan muitos atletas podem enfrentar o boom na carreira que ele teve em 1991.
"A equipe brasileira tem ótimos representantes em todas as provas e sei que tem condições de sair com muitas medalhas do Rio."0 (ML)


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