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Recordista em Pans, Gustavo Borges viveu boom depois de conquistas
DA ENVIADA ESPECIAL DO RIO
As primeiras medalhas da
longa coleção de 19 foram o tema que Gustavo Borges escolheu para motivar os atletas da
delegação de natação no Pan-Americano do Rio.
Para o ex-nadador, recordista de ouros em Pans ao lado do
mesa-tenista Hugo Hoyama,
foram elas que deram o empurrão em sua laureada carreira.
"Os Jogos sempre dão um
impulso a mais para os atletas
que nele se destacam. O moral
que conquistei com as cinco
medalhas no Pan de Havana-1991 [dois ouros, duas pratas e
um bronze] impulsionaram
minha carreira", relatou o ex-nadador, hoje dono de uma
academia em São Paulo.
"Ainda mais quando vi que
meus tempos me colocaram no
topo do ranking mundial. Pulei
para o quarto lugar nos 100 m
livre e fui com mais moral para
os Jogos Olímpicos de Barcelona [em 1992]", completou ele,
que participou de quatro edições de Pan na carreira.
Borges contou aos nadadores
histórias que vivenciou nos Jogos para "treinar" os atletas
brasileiros a não se assustarem
com o assédio da torcida e da
imprensa no Rio de Janeiro.
"Para vocês terem uma idéia
de como é competir com torcida a favor, eu vi em meu primeiro Pan um nadador cubano
vencer os 200 m peito deixando
em segundo o americano que
venceria os 100 m peito na
Olimpíada do ano seguinte. Tudo porque o público foi à loucura e colocou o atleta da casa nos
ombros", disse Borges. "Até o
Fidel Castro o recebeu mais
tarde", completou.
O ex-nadador disse acreditar
que neste Pan muitos atletas
podem enfrentar o boom na
carreira que ele teve em 1991.
"A equipe brasileira tem ótimos representantes em todas
as provas e sei que tem condições de sair com muitas medalhas do Rio."0
(ML)
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