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CIDA SANTOS
Hora da decisão
Para as finais da Liga, Brasil
tem de diminuir os erros de saque e se preparar para o
cansaço e o fuso horário
O OBJETIVO foi alcançado: o
Brasil venceu os dois jogos
contra a Finlândia e garantiu
a classificação para a fase final da Liga Mundial. Mas o time mostrou
pouca inspiração, muitos erros e sofreu para derrotar a surpreendente
Finlândia, que jogou certinho contra os brasileiros.
O maior problema da seleção foram os erros de saque. Só no primeiro jogo, foram 20, quase um set. Mas
o que vale agora é a fase final, a partir
do dia 23. Lá, o Brasil enfrentará as
grandes seleções. A maior preocupação é acertar o saque. A motivação
do time também será outra.
O dilema de Bernardinho para os
dois confrontos contra Portugal, sábado e domingo, em Fortaleza, será:
poupar os não os titulares? Os jogos
não valem nada, e três dias depois o
time já estréia na fase final, em Moscou. Fuso horário, cansaço, problemas extras para a equipe.
Vale lembrar que Rússia e Itália
vão se enfrentar pela última rodada
da fase de classificação, no próximo
fim de semana, já em Moscou. Ou
seja, serão beneficiadas. Terão times
menos desgastados.
Maratona
Na sexta-feira, começa a epopéia
da seleção feminina em mais um
Grand Prix, o torneio mais cansativo do vôlei. São quatro fins de semana, com jogos em diferentes cidades da Ásia e Europa. Não é fácil.
O primeiro trio de rivais que o
Brasil enfrentará terá duas equipes
asiáticas (Coréia do Sul e Japão) e
Cuba. O problema é o time cubano,
que está poderoso no saque. Das titulares, quatro sacam "viagem".
O Brasil fará um esquema diferente de recepção contra Cuba. Terá quatro jogadoras nessa função: a
líbero, as duas ponteiras e a oposto.
Nos treinos, as opostos estão trabalhando muito a recepção.
No segundo fim de semana, terá
pela frente República Dominicana,
Estados Unidos e China. As chinesas, da grande levantadora Feng,
são o desafio. O time é alto, veloz e
campeão olímpico. Quer mais?
No último fim de semana da primeira fase, o Brasil volta a pegar
dominicanas e japonesas. A novidade é a Itália, que está com o time
certinho. Tem duas boas centrais
(Anzanello e Guiggi), uma oposto
respeitável (Togut) e duas pontas
experientes (Piccinini e Rinieri).
Na primeira fase, o Brasil não enfrentará a Rússia. Uma pena, já que
o italiano Giovani Caprara está
com um timão, com Sokolova, Gamova e Godina. Em ano de Mundial, é bom pegar os grandes times.
Na última semana, o Brasil venceu dois amistosos contra a Holanda. Para o GP, a base será Fofão,
Sheilla, Walewska, Fabiana e Mari.
Na outra ponta, a briga será entre
Jaqueline, Sassá e Valeskinha.
Para encerrar, fica a enorme tristeza pela morte da Nathália Manfrin, 19, campeã mundial juvenil e
filha do ex-jogador Márcio Manfrin. Deveria ser proibido as pessoas morrerem tão jovens.
TAPETÃO
A Itália já recebeu convite da federação internacional para disputar a fase final da Liga Mundial. A
informação foi divulgada pelo presidente da federação italiana, Carlo
Magri. A Itália já sofreu três derrotas para a França. A vaga do Grupo
C deve ficar com a seleção francesa.
EXPLICAÇÕES
Carlo Magri marcou encontro
com os atletas e a comissão técnica.
Quer explicações sobre má campanha do time. Em 2005, a Itália também não chegou à fase final.
PROBLEMAS
Após o último revés para a França, há oito dias, o técnico da Itália,
Gianpaolo Montali, desabafou:
"Temos problemas de grupo, de tática e psicológicos". O desabafo foi
divulgado por um site italiano.
cidasan@uol.com.br
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