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"Banespa" ganha aviso prévio
Tradicional time de São Paulo, batizado agora de Brasil Vôlei Clube, perderá investimento em 2010
Santander, atual parceiro,
decide priorizar futebol e F-1, mas bancará equipe nesta temporada e libera a busca por um novo patrocinador
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil Vôlei Clube, que há
25 anos estreou nas quadras
como Banespa, ganhou um ano
para tentar encontrar um novo
parceiro e manter ativo um dos
mais tradicionais núcleos da
modalidade no Brasil.
Foi com o antigo nome que o
time atingiu as primeiras glórias e começou a escrever seu
nome na história do esporte.
O Santander, atual parceiro
do time, decidiu que terá como
prioridade o patrocínio ao futebol e à F-1. Quer ampliar sua visibilidade internacional.
Mas, até 2010, assegurou
o investimento de cerca de
R$ 6 milhões na equipe de vôlei
e nas categorias de base.
O banco abriu mão, inclusive,
de estampar sua marca na camisa que vestirá os jogadores
no Paulista. Presidente do clube, o jogador da geração de prata José Montanaro Jr. está livre
para procurar patrocinador.
A Prefeitura de São Bernardo
do Campo (ABC paulista), parceira do time, também ajudará
na busca por investimentos.
A notícia do fim da empreitada do banco no vôlei foi uma
surpresa para quem não vive o
dia a dia da instituição.
Para se reforçar para o Paulista e para a Superliga, o time
havia repatriado o campeão
olímpico Dante. Também mantém no elenco Escadinha e
Marlon, da seleção nacional.
Dividido entre Banespa (15
anos) e Santander (10 anos),
que comprou o antigo banco, o
time paulista conquistou seis
títulos estaduais e seis nacionais, entre Superliga (disputada a partir de 1994/1995) e o
antigo Brasileiro, que teve a
primeira edição em 1976.
Além de ter montado uma
equipe competitiva, o banco
também surpreendeu por ter
anunciado o rompimento antes
mesmo da estreia no Estadual,
que começa amanhã. Geralmente, os times são desmontados só ao término da Superliga.
O Paulista contará com 22 jogadores com passagens pelas
seleções principais nas duas últimas temporadas. Só o Pinheiros contratou Giba, Gustavo,
Rodrigão e Marcelinho.
No feminino, o São Caetano
manteve o investimento alto e
terá Mari, Sheilla e Fofão.
"Nunca vi um patrocinador
agir dessa forma. Eles quiseram
honrar os 25 anos de história
no vôlei. Pagar a conta e não assinar a camisa é um sinal de
respeito muito grande ao projeto", elogiou Montanaro, que está há 23 anos no clube -seis como jogador e 17 como dirigente.
Apesar do fim anunciado da
parceria, Montanaro ainda espera conseguir ajuda para
montar núcleos de vôlei nas comunidades carentes de São
Bernardo do Campo.
"Se não fosse o acordo com a
prefeitura, a casa cairia mesmo.
Mas temos tempo para buscar
novos apoios. Não quero só
manter o projeto, quero tentar
fazê-lo crescer", diz o dirigente.
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