São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2011

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Palmeiras depende de gols de defensor

SÉRIE A
Com ataque inoperante, time encara o Vasco no Rio e espera ajuda da defesa para balançar as redes

ADRIANO WILKSON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os atacantes do Palmeiras tentam. Chutam nas mãos do goleiro, na trave ou nas arquibancadas. Se alguém marca para o Palmeiras, provavelmente não é um atacante.
Há três jogos, o setor ofensivo alviverde não faz gol, mesmo tendo Kleber, Maikon Leite e Valdivia, só para citar os jogadores mais badalados.
O Palmeiras não é o time que menos faz gols no Nacional -foram 21 até aqui. Mas só por causa dos defensores. Entre as primeiras colocadas, a equipe de Luiz Felipe Scolari é a que mais depende de volantes, beques e laterais para balançar as redes.
Nada menos que 38% de todos os gols do Palmeiras no Brasileiro saíram do pé ou da cabeça de seus defensores.
Em comparação, o Flamengo, do ataque mais positivo do campeonato -28 bolas na rede até o início da 16ª rodada-, fez só 7% de seus gols com defensores. Os outros foram de atacantes, incluindo na conta os meias ofensivos.
O artilheiro do Palmeiras no Nacional é um meia ofensivo, Luan (cinco gols).
Mas o time é dependente do volante Marcos Assunção e do zagueiro Maurício Ramos. Cada um fez três gols. Kleber não marca há sete jogos. Maikon Leite, há seis.
Hoje, contra o Vasco, no Rio, às 16h, o setor ofensivo alviverde terá mais uma chance para tirar esse atraso.
Quinta-feira, quando o Palmeiras perdeu para o mesmo Vasco, pela Sul-Americana (2 a 0), o ataque, que passou em branco outra vez, teve de se defender de fogo amigo.
"O Palmeiras mereceu perder. Time que não faz gol merece perder. A gente não tem feito muitos gols", disse o arqueiro Marcos, 38, que reclamou das peças do elenco.
"Tem Kleber, Maikon Leite, mas precisamos de mais bons atacantes como eles. De que adianta entrar com o time que a gente tem? Não vai ganhar. Tem de fortalecê-lo."
Fora dos campos, Kleber se envolveu em polêmica sobre sua possível saída para o Flamengo. E, dentro deles, ainda não conseguiu se achar.
Pela inoperância do ataque, ele culpa o meio-campo. "Se a bola não chegar, não sai gol", disse na última partida.
De fato, com Valdivia, Luan ou Patrik, o meio cria pouco. Seria o caso de contratar?
"Contratar quem? Todos estão jogando. Não tem como buscar estrangeiro nem brasileiro", afirmou Scolari.


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