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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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Time obtém goleada de 5 a 2 ainda no primeiro tempo, mas não supera o Cruzeiro no saldo de gols e na liderança

Santos atropela Criciúma em 23 minutos

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em apenas 23 minutos, o Santos goleou o Criciúma na Vila Belmiro. Nos seguintes 67 minutos, o time desperdiçou a chance de assumir a liderança do Brasileiro.
Foi um bombardeio desde o primeiro minuto de jogo, quando Diego chutou, o goleiro Fabiano espalmou, e William, no rebote, abriu o placar, que terminaria 5 a 2 para os donos da casa.
Na comemoração do gol inicial, vários jogadores do Santos correram para celebrar com o goleiro Fábio Costa. A empolgação foi tanta que o Criciúma empatou na saída de bola. Dejair aproveitou que Fábio Costa estava adiantado e arriscou quase do meio-campo fazendo o mais belo gol do jogo.
Se não houve tempo para comemoração também não houve para frustração. Quatro minutos depois, William pôs o Santos em vantagem -escorou cruzamento da direita e venceu Fabiano.
O ritmo alucinante prosseguiu. O Criciúma, que mantém boa posição na tabela (começou a rodada na sexta colocação), jogava de igual para igual. Pior para ele.
Aos 17min, o zagueiro Preto foi até a área e arrumou de cabeça para William fazer seu terceiro gol.
O Santos tocava com paciência na entrada na área. Após boa troca de passes, Robinho passou para Daniel, que chutou mascado. A bola encontrou Renato na área, e o jogador da seleção não teve problemas para balançar a rede.
Já era goleada aos 20min, mas o concorrente de Emerson na equipe de Carlos Alberto Parreira marcaria de novo três minutos depois. Elano dominou e lançou com estilo para Renato invadir a área, driblar o goleiro e rolar para o gol vazio. Restava apenas saber de quanto o Santos ganharia.
O líder Cruzeiro, agora com os mesmos 58 pontos do Santos na tabela, jogava em Curitiba. A chance de superar o rival, que bateu o Atlético-PR, era construir um bom saldo de gols -no início da rodada, o Cruzeiro tinha saldo de 25 gols, contra 21 do Santos.
E chances não faltaram. O Criciúma estava tão atordoado que o técnico Gilson Kleina fez sua primeira substituição aos 24min.
No minuto seguinte, Robinho estava na cara do gol. Tentou tirar a bola do goleiro com um chute colocado, mas Fabiano conseguiu espalmar. O Santos seguia animado e disposto a tomar a liderança.
William quase fez seu quarto gol. O lateral-direito Reginaldo Araújo teve sua oportunidade em seguida. Diego abusou do preciosismo em outro lance e perdeu a bola na área. O castigo veio aos 34min. Dejair recebeu livre na área, se livrou de Fábio Costa e diminuiu o placar. Os 5 a 2 estavam até ótimos para o time catarinense no final da primeira etapa.
O Santos, que chuta em média 19,6 vezes a gol por jogo, fez 13 finalizações só no primeiro tempo, segundo o Datafolha. Dessas finalizações, 76,9% foram no gol adversário, uma marca impressionante para o time que mais chuta a gol no Brasileiro, mas que é ruim de pontaria -no começo da rodada, era o 19º na lista das equipes mais precisas nos arremates.
As notícias que chegavam de Curitiba já apontavam para uma vitória do Cruzeiro. A briga seria para ver quem faria mais gols.
O Santos, porém, não enfrentava mais uma equipe desnorteada. Paulo Baier, que voltou a atuar pelo Criciúma após cumprir suspensão por doping, começou a jogar bem. Em lances de bola parada, especialmente, os catarinenses ameaçaram o gol de Fábio Costa.
No ataque, o Santos falhava, e Leão mexeu então. William, Diego e Elano, que perdeu dois gols incríveis, deixaram o gramado. Fabiano, Jerri e Marcelo entraram e recuperaram a velocidade da equipe, mas não os valiosos gols.
Aos 42min, Marcelo até fez um, porém estava impedido. Nos acréscimos, Renato, Marcelo e Fabiano conseguiram finalizar quatro vezes em um lance, mas a pressão toda acabou no travessão.
Se no saldo de gols não deu para ser líder, no próximo jogo pode ser que dê no confronto direto.



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