São Paulo, terça-feira, 14 de setembro de 2004

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O PERSONAGEM

"Será a chance de a Europa conhecer o Love"

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Rússia venera BAGHEP. E BAGHEP quer a partir de hoje, diante do Porto, ser venerado por toda a Europa.
Após levar o CSKA à Copa dos Campeões -fez três dos cinco gols do clube na fase preliminar-, BAGHEP, camisa 11 da equipe, atua no maior interclubes do mundo com o nome que o consagrou: Vágner Love.
"Comecei bem e agora, quando entram os grandes, será a chance de conhecer um pouco a Europa e de toda a Europa conhecer bem o Vágner Love", diz o ex-palmeirense, que até agora é conhecido na Rússia pela versão local de seu nome, BAGHEP. Ele estréia na fase de grupos do interclubes com novas tranças, vermelhas e azuis, cores do CSKA.
Após sete jogos pelo time de Moscou, Love, 20, ostenta a média de 0,71 gol (1 por jogo na Copa). Adaptou-se bem, mas explica que teve que criar o próprio mundo. "Trouxe a família [mãe, Jaira, padrasto, Neto, irmã, Vânia, e cunhado, Marcelo], CDs, DVDs e, especialmente, 20 kg de feijão."
Para ele, o entrave é a língua. "Russo é difícil. Só conheço os caras do clube, falo mais com o Daniel [Carvalho]. Até a cabeleireira quem arranjou foi a Vânia."
A dificuldade fez com que mudasse a forma de jogar. "É diferente do Palmeiras, quando eu fazia um movimento e os caras já enfiavam a bola. Agora, tem hora que vou para um lado, e a bola é lançada para o outro. Funciona na base do grito: Ahh e Ohh. Aí eles olham."
Com ajuda de tradutor e prestes a tomar aula de russo, ele diz que, além do faro de gol, a forma de festejar, na qual atira, será mantida. "Em campo, sou matador."


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