São Paulo, sexta-feira, 14 de setembro de 2007

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Denúncia não foi precipitada, diz procurador

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O procurador da República Rodrigo de Grandis afirmou ontem não ter precipitado o oferecimento da denúncia por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha na investigação sobre a parceria Corinthians/MSI.
Essa é a reclamação da Polícia Federal, que alega que a suposta pressa do Ministério Público Federal teria prejudicado outras apurações que estavam em curso.
"A Polícia Federal é uma instituição séria, que tem prestado serviços relevantes para o Brasil. Assim, não acredito que qualquer agente minimamente comprometido com a ética e o interesse público tenha afirmado que o Ministério Público atrapalhou as investigações", declarou De Grandis.
Segundo ele, a Procuradoria ofereceu a denúncia [acusação formal à Justiça] no momento adequado.
"Foi o Ministério Público Federal quem pediu as interceptações telefônicas, obteve as provas, pediu quebras de sigilo bancário e, no final, ofereceu denúncia no esquema criminoso Corinthians/ MSI. E tudo isso depois de quase dois anos de investigação", disse o procurador.
Ele ressaltou que o fato de a denúncia, acolhida pela Justiça Federal no dia 12 de julho deste ano, ter sido oferecida não interrompeu outras investigações.
Lembrou que a Polícia Federal instaurou inquérito para apurar suposto crime de evasão de divisas e sonegação fiscal no pagamento de salários feito a atletas pela parceria no exterior. E requisitou também à PF que instaure inquérito sobre possível pagamento de propina por cartolas corintianos a auditor da Receita Federal.


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