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Denúncia não foi precipitada, diz procurador
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
O procurador da República Rodrigo de Grandis afirmou ontem não ter precipitado o oferecimento da denúncia por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha na investigação sobre a
parceria Corinthians/MSI.
Essa é a reclamação da Polícia Federal, que alega que a
suposta pressa do Ministério
Público Federal teria prejudicado outras apurações que
estavam em curso.
"A Polícia Federal é uma
instituição séria, que tem
prestado serviços relevantes
para o Brasil. Assim, não
acredito que qualquer agente
minimamente comprometido com a ética e o interesse
público tenha afirmado que
o Ministério Público atrapalhou as investigações", declarou De Grandis.
Segundo ele, a Procuradoria ofereceu a denúncia [acusação formal à Justiça] no
momento adequado.
"Foi o Ministério Público
Federal quem pediu as interceptações telefônicas, obteve
as provas, pediu quebras de
sigilo bancário e, no final,
ofereceu denúncia no esquema criminoso Corinthians/
MSI. E tudo isso depois de
quase dois anos de investigação", disse o procurador.
Ele ressaltou que o fato de
a denúncia, acolhida pela
Justiça Federal no dia 12 de
julho deste ano, ter sido oferecida não interrompeu outras investigações.
Lembrou que a Polícia Federal instaurou inquérito para apurar suposto crime de
evasão de divisas e sonegação fiscal no pagamento de
salários feito a atletas pela
parceria no exterior. E requisitou também à PF que instaure inquérito sobre possível pagamento de propina por cartolas corintianos a auditor da Receita Federal.
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