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Santos sofre até o final, porém festeja desta vez
Após lições ante Inter e Corinthians, time usa Neymar e vence com gol de cabeça
Santos 1
Santo André 0
RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
O jogo na Vila Belmiro já estava nos acréscimos. O Santos
vencia o Santo André, mas os
torcedores, apreensivos, não se
arriscavam a comemorar o resultado. Esperaram de pé o apito final para só então celebrar.
A desconfiança faz sentido.
Em duas das três partidas anteriores, o time saiu vencendo,
mas não segurou o resultado.
Foi assim no empate contra o
Internacional (3 a 3) e na derrota para o Corinthians (1 a 2).
""É sempre assim. Quando
você está ganhando, o time adversário vai para o ataque no final do jogo. Eles tinham praticamente quatro atacantes, os
zagueiros também, na área. É
complicado, mas deu tudo certo", falou o zagueiro Fabão.
""É óbvio que a gente gostaria
de vencer com tranquilidade.
Mas não tem jogo fácil, tem que
estar concentrado o tempo todo. O torcedor quer ver goleada, espetáculo, mas todo mundo quer ganhar, ainda mais em
um momento como este", disse
o volante Germano, autor do
gol da vitória de ontem.
O técnico Vanderlei Luxemburgo também comentou sobre
a dificuldade de vencer um rival
que está na zona do rebaixamento. ""Se eu disser que fizemos um bom jogo, vão me chamar de maluco. Gostei do resultado, não do jogo", disse ele, cujo time tem agora 35 pontos e,
no domingo, volta a atuar na Vila Belmiro, ante o Botafogo.
Ontem, o Santo André jogou
o primeiro tempo "como mandante". Dominou a partida desde o começo e foi muito mais
ofensivo do que a equipe da casa. O veterano Marcelinho Carioca, 38, era quem mais levava
perigo à meta de Felipe, tanto
nas jogadas de bola parada como nos bons passes para os
companheiros de ataque.
Bem marcados, os dianteiros
santistas quase não participavam do jogo. O time jogava com
lentidão e sem criatividade.
Neymar, que pela primeira
vez iniciou uma partida como
titular com Luxemburgo, era o
único que, em jogadas individuais, conseguia se desvencilhar da marcação adversária.
Foi justamente dos pés do camisa 7 que nasceu o gol, aos
40min da primeira etapa. Neymar chegou ao fundo e colocou
a bola na cabeça de Germano,
que vazou Neneca. Antes do intervalo, Kléber Pereira ainda
acertou a trave do goleiro.
O Santos voltou melhor na
segunda etapa. Tinha a posse
de bola e conseguia trocar passes no ataque, embora seguisse
sofrendo de lentidão. Neymar
era a exceção e só era parado
pelos oponentes com faltas.
Do lado do Santo André, era
também o camisa 7 quem se
destacava. Fabão e Eli Sabiá sofriam com os cruzamentos e as
cobranças de escanteio de Marcelinho Carioca.
Depois da metade do segundo tempo, os visitantes se lançaram ao ataque, porém sem
muita organização. O estreante
técnico Sérgio Soares deixou a
equipe mais ofensiva e deu espaço para os contra-golpes.
Mas os atacantes santistas erravam muitos passes e se colocavam em impedimento.
O temor de sofrer um gol fez
Luxemburgo colocar em campo mais um zagueiro (André
Astorga), e o Santos passou a
rebater bolas e a esperar o tempo passar. Funcionou, e então
jogadores e torcedores puderam comemorar a vitória.
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