São Paulo, segunda-feira, 14 de setembro de 2009

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Santos sofre até o final, porém festeja desta vez

Após lições ante Inter e Corinthians, time usa Neymar e vence com gol de cabeça

Santos 1
Santo André 0


RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

O jogo na Vila Belmiro já estava nos acréscimos. O Santos vencia o Santo André, mas os torcedores, apreensivos, não se arriscavam a comemorar o resultado. Esperaram de pé o apito final para só então celebrar.
A desconfiança faz sentido. Em duas das três partidas anteriores, o time saiu vencendo, mas não segurou o resultado. Foi assim no empate contra o Internacional (3 a 3) e na derrota para o Corinthians (1 a 2).
""É sempre assim. Quando você está ganhando, o time adversário vai para o ataque no final do jogo. Eles tinham praticamente quatro atacantes, os zagueiros também, na área. É complicado, mas deu tudo certo", falou o zagueiro Fabão.
""É óbvio que a gente gostaria de vencer com tranquilidade. Mas não tem jogo fácil, tem que estar concentrado o tempo todo. O torcedor quer ver goleada, espetáculo, mas todo mundo quer ganhar, ainda mais em um momento como este", disse o volante Germano, autor do gol da vitória de ontem.
O técnico Vanderlei Luxemburgo também comentou sobre a dificuldade de vencer um rival que está na zona do rebaixamento. ""Se eu disser que fizemos um bom jogo, vão me chamar de maluco. Gostei do resultado, não do jogo", disse ele, cujo time tem agora 35 pontos e, no domingo, volta a atuar na Vila Belmiro, ante o Botafogo.
Ontem, o Santo André jogou o primeiro tempo "como mandante". Dominou a partida desde o começo e foi muito mais ofensivo do que a equipe da casa. O veterano Marcelinho Carioca, 38, era quem mais levava perigo à meta de Felipe, tanto nas jogadas de bola parada como nos bons passes para os companheiros de ataque.
Bem marcados, os dianteiros santistas quase não participavam do jogo. O time jogava com lentidão e sem criatividade.
Neymar, que pela primeira vez iniciou uma partida como titular com Luxemburgo, era o único que, em jogadas individuais, conseguia se desvencilhar da marcação adversária.
Foi justamente dos pés do camisa 7 que nasceu o gol, aos 40min da primeira etapa. Neymar chegou ao fundo e colocou a bola na cabeça de Germano, que vazou Neneca. Antes do intervalo, Kléber Pereira ainda acertou a trave do goleiro.
O Santos voltou melhor na segunda etapa. Tinha a posse de bola e conseguia trocar passes no ataque, embora seguisse sofrendo de lentidão. Neymar era a exceção e só era parado pelos oponentes com faltas.
Do lado do Santo André, era também o camisa 7 quem se destacava. Fabão e Eli Sabiá sofriam com os cruzamentos e as cobranças de escanteio de Marcelinho Carioca.
Depois da metade do segundo tempo, os visitantes se lançaram ao ataque, porém sem muita organização. O estreante técnico Sérgio Soares deixou a equipe mais ofensiva e deu espaço para os contra-golpes. Mas os atacantes santistas erravam muitos passes e se colocavam em impedimento.
O temor de sofrer um gol fez Luxemburgo colocar em campo mais um zagueiro (André Astorga), e o Santos passou a rebater bolas e a esperar o tempo passar. Funcionou, e então jogadores e torcedores puderam comemorar a vitória.


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