São Paulo, terça-feira, 14 de setembro de 2010

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Persistência

Após início acidentado e sob a sombra de Rossi, Lorenzo cava seu espaço e se aproxima de 1º título

DA ENVIADA A MONZA

Num esporte que há anos é sinônimo de Valentino Rossi, Jorge Lorenzo conseguiu cavar seu espaço. Aos 23 anos e na terceira temporada na MotoGP, nunca esteve tão perto de ser campeão na principal categoria do motociclismo.
Com 63 pontos de vantagem sobre Dani Pedrosa, basta completar as seis provas restantes em terceiro para ficar com a taça, sem depender da posição do rival.
Mas nem sempre o espanhol de personalidade alegre teve vida fácil na MotoGP. Pelo contrário. Bicampeão das 250 cc, estreou na categoria como companheiro de Valentino Rossi, heptacampeão mundial da categoria.
Logo na primeira corrida, surpreendeu ao cravar a pole e chegar em segundo. Duas poles vieram na sequência, até conseguir a primeira vitória. Mas na etapa seguinte sofreu uma queda, a primeira de uma série que arruinou o ano de estreia de Lorenzo na MotoGP e que quase o fez desistir da carreira de piloto.
"Houve um ponto em que estava muito, muito para baixo e cheguei a pensar em desistir", disse ele à Folha, em entrevista por e-mail.
"Mas trabalhei duro tanto na parte mental como física, consegui superar aquele momento e hoje me sinto muito mais forte." (TATIANA CUNHA)

 

Folha - Qual foi seu primeiro contato com uma moto?
Jorge Lorenzo -
Quando eu tinha uns três anos, meu pai me deu uma motinho em casa, em Mallorca. Desde muito pequeno, sempre soube que queria ser piloto profissional.

Como foi estrear na MotoGP como companheiro de Valentino Rossi na Yamaha? Sentiu-se intimidado?
Não, em nenhum momento isso me intimidou. Mas foi incrível e empolgante dividir a mesma garagem com ele.

Como é ser companheiro de um piloto sete vezes campeão mundial? Aprendeu alguma coisa com ele?
Valentino é o melhor, por isso sempre gostei de ser seu companheiro [o italiano, 31, correrá pela Ducati a partir do ano que vem]. Ele sabe como lidar bem com a pressão e aprendi bastante com ele.

Ele é seu maior adversário?
Sem dúvida alguma.

No ano passado, você venceu quatro corridas, mas cometeu muitos erros que lhe custaram o título...
Sim, acho que isso foi importante para o meu amadurecimento como piloto e hoje acho que sou mais calmo. Sei que às vezes é mais importante ficar com os pontos do que correr riscos para ficar com uma vitória.

Ainda não anunciou onde correrá em 2011...
No momento estou concentrado apenas no campeonato. Meu empresário está aí para cuidar de todo o resto.

O que é o melhor e o pior de ser um astro da MotoGP?
O melhor é fazer o que amo e vencer corridas. Mas não há nada de ruim.

Tem ídolos no esporte?
Sim, muitos... Muhammad Ali, Roger Federer, vários. Adoro ler biografias de grandes campeões.

Você sempre comemora suas vitórias com estilo. De onde vêm as ideias malucas?
Penso nas comemorações com meus amigos, antes das corridas. É bem divertido.


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