São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 2002

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Palmeiras volta à lanterna, mas Culpi continua falando em vaga

DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras voltou a ser o lanterna do Brasileiro ontem, mas o técnico da equipe, Levir Culpi ainda acha que o time pode se classificar para a próxima fase.
A vitória do Bahia por 5 a 3 diante do Atlético-MG levou novamente o time paulista a ocupar a ponta de baixo da tabela.
É a segunda vez que o time chega à última posição neste torneio, em que está na zona de rebaixamento desde a quarta rodada.
Com 17 jogos disputados, o time agora só tem mais sete rodadas para tentar fugir da segunda divisão do Nacional em 2003.
Para piorar, os palmeirenses, que acumulam 16 pontos em 17 confrontos, tem dois jogos a mais que Paysandu (25º, com 16 pontos) e um jogo a mais que o Goiás (24º, com 17 pontos).
"A situação é grave. Estamos com a corda no pescoço e não podemos mais errar", disse o lateral Rubens Cardoso, autor do gol do empate por 2 a 2 no último minuto com o Juventude, em casa.
"O nosso objetivo no campeonato agora é só esse [fugir do rebaixamento". Não podemos mais nos iludir", afirmou Zinho.
Apesar do desânimo de seus atletas, e de sua equipe ter chances remotas de ficar entre os oito mais bem colocados do Brasileiro, o técnico palmeirense nem toca no assunto rebaixamento.
Após o empate com o time gaúcho, o treinador manteve sua estratégia de exaltar a equipe.
"O time demonstrou capacidade contra o melhor time do campeonato. Temos potencial para acreditar na classificação."
Além de motivar seus atletas, Culpi terá a missão de administrar a divisão no elenco, exposta novamente após o jogo contra o Juventude pelo atacante Nenê.
Sem citar nomes, o jogador disse que companheiros o acusaram de ser o responsável pelo tropeço diante dos gaúchos.
Os jogadores palmeirenses negaram que tenham responsabilizado Nenê pelo resultado.
"Não sei da onde o Nenê tirou isso. Agora não é hora para fazer acusações. Perdemos todos juntos", disse Zinho.
Amanhã, a diretoria palmeirense deve entrar com recurso no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para tentar anular o exame antidoping de Pedrinho, que deu positivo para o uso dihidrobupropiona, metabólito da Bupropiona, que age como antidepressivo. Anteontem, o presidente do STJD, Luiz Zveiter, disse que o jogador não está suspenso.
Segundo ele, não houve "intenção" de doping e as provas contra o jogador são "dúbias".


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