São Paulo, sábado, 14 de outubro de 2006

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Carlos Alberto pode ter pena leve após bate-boca

Diretoria espera pedido de desculpas para colocar panos quentes em discussão

Cartolas, entre eles Dualib, tentam convencer Leão a perdoar o jogador por acharem que é importante na reta final do Brasileiro

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do Corinthians informou ontem que definirá, na próxima semana, uma punição para o meia Carlos Alberto e que ela dependerá da reação dele em relação a seu afastamento por Emerson Leão.
O treinador, respaldado pelo clube, anunciou a medida anteontem após bater boca com o meia na derrota corintiana por 4 a 2 para o Lanús.
"Já conversei com ele e com seu procurador e disse que o jogador errou. Disse a eles para pensarem e não entrarem em confronto. Se ele reconhecer o erro, a punição é uma. Se for para o enfrentamento, é outra. O patrimônio não será levado em consideração", disse o gerente de futebol corintiano, Edvar Simões à rádio Jovem Pan.
Carlos Alberto passou ontem à tarde no Parque São Jorge, mas ficou pouco tempo. Segundo a assessoria de imprensa do clube, não esteve no departamento de futebol.
Dependendo da avaliação de Leão e dos dirigentes, ele poderá se reapresentar na terça com o restante do elenco. Cartolas corintianos defendem o retorno do meia. Até o presidente Alberto Dualib tenta convencer o técnico a perdoar o jogador. Avaliam que ele é importante nessa reta final do Brasileiro.
Leão, porém, ainda não parece convencido a aceitá-lo. "Quando tomamos uma atitude é para fazer bem a todos. O fato de você gostar de uma pessoa não significa afagá-lo sempre", disse. Na avaliação do treinador, ele salvou o meia de ser expulso contra o Lanús e recebeu, em troca, insultos. Segundo Leão, além de cotoveladas nos adversários, Carlos Alberto fez gestos obscenos.
O técnico, porém, disse não acreditar em uma atitude intempestiva do jogador. "Acho que a palavra enfrentamento é muito rude para a nossa situação. Eu acho que reconhecer o erro só faz com que você cresça, mas não muda o que você fez. Senão você sairia matando todo mundo, pediria desculpas e não aconteceria nada", disse.
"Não dá para passar a mão na cabeça. O Carlos Alberto precisa entender que não é tudo que pensa que é, mas deve saber que queremos torná-lo mais do que ele acha que é."


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