São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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No chão

Sem técnico, Corinthians fica também sem cara, não defende nem ataca, cai diante do Vasco e fica a cinco pontos do líder

Vasco 2
Zé Roberto, aos 10min, e Éder Luís, aos 22min do 1º tempo

Corinthians 0

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

CIRILO JUNIOR
DO RIO

O Corinthians não para de cair. Ontem à noite, no primeiro jogo após a demissão de Adilson Batista, apanhou do Vasco em São Januário.
Parou no terceiro lugar, com 49 pontos, a três do Fluminense e a cinco do Cruzeiro. E vê cada vez mais rivais se aproximando: já corre o risco de cair para quinto lugar na próxima rodada.
O Corinthians foi um time sem cara em São Januário. Não teve nem a segurança dos tempos de Mano Menezes nem a contundência que tinha com Adilson Batista. Falhou quando se propôs a defender e fracassou quando foi obrigado a atacar.
Nas últimas oito partidas, o time havia anotado pelo menos um gol em todas. Ontem, a excessiva precaução com o sistema defensivo pregada pelo interino Fábio Carille se mostrou inútil com menos de dez minutos.
Foi tempo suficiente para Zé Roberto aprimorar a pontaria dentro da pequena área corintiana. Primeiro, o atacante do Vasco recebeu livre e impedido. Isolou. Na segunda chance, também em impedimento, completou de primeira para o gol:
1 a 0.
E então o Corinthians, que tinha laterais orientados a não atacar e volantes sob ordens de permanecer no campo de defesa, teve que sair para buscar o empate.
Não conseguiu. Elias, que havia chegado da Inglaterra cerca de 24 horas antes, ficou preso entre Jumar e Rafael Carioca. Lento, Danilo nunca foi um substituto à altura para o meia Bruno César.
Quando o Corinthians finalmente chegou perto do gol do Vasco, Iarley conseguiu o mais difícil, como ele próprio, sincero, admitiu no intervalo. "Nunca vi uma bola tão fácil não entrar."
O Vasco se recolheu, abriu Éder Luís na esquerda, nas costas de Alessandro, e Zé Roberto do outro lado, incomodando Roberto Carlos.
E então Felipe, que havia iniciado a jogada do primeiro gol, acertou um passe em diagonal para Éder Luís, que ultrapassou Alessandro e, depois, venceu Júlio César.
Foi o 16º gol sofrido pelo Corinthians em sete jogos -média de 2,3 por partida. A pior defesa do Campeonato Brasileiro é a do Atlético-MG, com 1,8 gol tomado por jogo.
No intervalo, enquanto Andres Sanchez se dividia entre disparar telefonemas e conversar seriamente com o diretor de futebol Mario Gobbi, o interino tentava ver algo positivo no time alvinegro.
"Melhoramos na parte final do primeiro tempo", afirmou Carille às rádios, ainda no gramado de São Januário.
O atacante Souza, que ganhou ontem mais uma chance como titular, escorregou ao tentar passar o pé por cima da bola. Substituído, foi vaiado pelas duas torcidas.

ANTES
O Corinthians entra em campo mais preocupado em não perder do que em atacar. Não cria chances e corre riscos desde o início.

DURANTE
Sem ser incomodado pela marcação, Felipe desmonta a retaguarda corintiana com os passes para os dois gols vascaínos.

DEPOIS
O Corinthians é dominado pela marcação do Vasco, que se contenta com os 2 a 0 e não se esforça para ampliar o placar.


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