São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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Itália acusa Sérvia por violência

EURO-2012
Incidente em Gênova gera desavenças entre os governos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O tumulto provocado por torcedores sérvios antes e durante o duelo contra a Itália, anteontem, em Gênova, provocou tensão diplomática entre os dois países.
Depois de a torcida sérvia causar terror na cidade italiana e jogar sinalizadores no gramado, a partida, válida pelas eliminatórias da Euro-2012, foi suspensa após seis minutos de seu início.
Os confrontos entre "ultrassérvios" e polícia, antes do jogo, resultaram em 16 feridos e 17 torcedores presos.
O Ministério do Interior da Itália acusou ontem o governo sérvio de não haver facilitado a troca de informações sobre os torcedores para prevenir as cenas de violência.
"Detectamos falhas no sistema de troca de informação. O resultado está à vista de todos", disse Roberto Massucci, porta-voz do Observatório Nacional sobre Eventos Desportivos, órgão do Ministério do Interior italiano.
Segundo Antonello Valentini, diretor-geral da Federação Italiana de Futebol, Gênova recebeu mais torcedores visitantes do que o previsto pela Interpol. Enquanto a polícia internacional estimava a presença de 1.300 sérvios, ao menos 1.800 estavam na cidade anteontem.
O governo sérvio rebateu as acusações. O ministro do Interior do país, Ivica Dacic, disse que a polícia italiana jamais pediu qualquer informação sobre os torcedores.
"A polícia italiana não nos procurou. Por nossa própria iniciativa, enviamos uma lista de torcedores e o caminho que eles iam seguir", afirmou Dacic, que também criticou a atuação dos policiais. "Poderia ter sido melhor", disse.
Segundo integrantes do governo sérvio, os atos de violência foram planejados por grupos ultranacionalistas do país, que tentam sabotar a aproximação da Sérvia com a União Europeia.
"Alguém quer nos dizer que a Sérvia não está preparada nem madura para a Europa", disse Slobodan Homen, secretário de Estado do Ministério da Justiça
Ontem, a polícia italiana prendeu Ivan Bogdanov, 30, acusado de ser o líder dos atos de violência dos sérvios.
Bogdanov foi reconhecido pelas tatuagens. Segundo a polícia, o torcedor aparece em imagens do estádio Luigi Ferraris, em Gênova, cortando a rede de proteção e jogando objetos no campo.


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