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Cartas na mesa
Maioria dos candidatos à Copa-2018 mostra mais avanço em organização e transparência que o Brasil, escolhido como sede de 2014 há 3 anos
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
Os países candidatos à Copa de 2018 se mostram mais
preparados e transparentes
do que o Brasil na organização do Mundial de 2014. É o
caso de Espanha/Portugal,
EUA e Inglaterra.
Os sites das postulações
exibem planos com estádios
prontos, centros de treinamento, informações sobre
sedes, locais de eventos da
Fifa e orçamentos.
As candidaturas de Bélgica/Holanda e Rússia têm um
número reduzido de dados.
Até hoje, o COL (Comitê
Organizador Local) ainda
não tem um site específico
sobre a Copa do Brasil.
A postulação ibérica tornou público por completo o
livro de candidatura à Fifa.
Nele, constam 18 possíveis
cidades-sedes, com um total
de 21 estádios, a maioria na
Espanha. Seis deles não precisariam de reformas.
Já são listados 42 hotéis e
campos de treinamento. A
sede da Fifa seria em Madri.
A Inglaterra tem 12 cidades-sedes, com 17 arenas -já
passaram por um processo
seletivo. Dessas, 13 já estão
prontas, dizem os ingleses.
"A Inglaterra pode organizar o Mundial amanhã mesmo", exaltou o presidente da
Fifa, Joseph Blatter, ontem,
em visita ao país.
O país afirma ter acertado
com 55 clubes a cessão de
campos de treinamento.
São 18 as cidades escolhidas pela candidatura norte-
-americana, em que também
já foi feita uma pré-seleção.
"Não será necessária nenhuma construção", afirma
a postulação dos EUA. E são
listadas 64 bases de seleções.
A Fifa deve reduzir o número de estádios para 12, seguindo o atual caderno de
encargos para o Mundial.
Há três anos escolhido para a Copa-2014, o Brasil selecionou projetos de estádios
em que as obras ainda não
começaram. O mapeamento
de centros de treinamento está sendo feito agora.
Dados financeiros são detalhados por Portugal e Espanha. O orçamento prevê US$
675,6 milhões (cerca de R$ 1,1
bi) e inclui até preços dos ingressos -US$ 67 (R$ 110)
será o valor mínimo.
A Inglaterra estima receita
de US$ 897 milhões (R$ 1,4
bi) com ingressos a preços
mínimo de de US$ 60 (R$ 99).
Os EUA estimam um ganho de US$ 1 bilhão (R$ 1,65
bi) com ingressos, já que preveem vender 5 milhões deles.
Até hoje, o COL-2014 não
divulgou seu orçamento para
o Mundial. O preço do ingresso brasileiro ainda será determinado junto com a Fifa.
As três candidaturas também já escolheram locais de
eventos da Copa, que têm de
ser aprovados. Os EUA preveem o quartel-general da Fifa para Washington. Dallas é
citada para a abertura.
Na Inglaterra, congresso
da Fifa, sorteio final da Copa
e centro de broadcast ficariam em Londres. Espanha/
Portugal definiu até o hotel
em Madri para a sede da entidade que gere o futebol.
O COL-2014 ainda estuda
onde sediar esses eventos. A
Fifa nunca exigiu do comitê
as informações apresentadas
pelas candidaturas. Como
não havia disputa pela sede
de 2014, o Brasil preferiu não
defini-las antes.
O comitê não quis falar sobre o tema com a Folha.
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