TÊNIS
Wozniacki consegue pontos por jogar mais torneios que rivais, como Serena, Venus e Clijsters

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Após duas semanas de torneios na Ásia (Tóquio e Pequim), Caroline Wozniacki tirou folga para curtir sua chegada ao topo do ranking.
A agenda cheia ajudou muito a dinamarquesa de 20 anos a se tornar a 20ª tenista na história a ostentar o título de número um do mundo.
Entre as tenistas top, ela foi quem mais entrou em quadra nesta temporada.
Foram 21 torneios, mais do que o triplo da americana Serena Williams (seis) e mais do que o dobro da americana Venus Williams (nove) e da belga Kim Clijsters (dez).
Computados somente o aproveitamento, a número um do mundo seria apenas a quatro em 2010, atrás justamente dessas ex-líderes.
Em número de eventos, ela está empatada com a italiana Francesca Schiavone. Mas, como venceu mais, Wozniacki também jogou mais.
A veterana italiana, sexta do mundo, porém, preencheu em Roland Garros uma lacuna que há no currículo de Wozniacki, ainda sem conquistas de Grand Slam.
A melhor campanha de Wozniacki nos torneios disputados neste ano aconteceu no Aberto dos EUA, quando caiu nas semifinais diante da russa Vera Zvonareva.
O resultado foi decepcionante para ela, que vinha embalada: com 19 vitórias nos últimos 20 jogos e 17 games cedidos até então, performance mais arrasadora no torneio desde 2002.
Além disso, com o título em Nova York, Wozniacki chegaria ao topo de maneira consagradora e não repetindo a sérvia Jelena Jankovic e a russa Dinara Safina, líderes sem títulos de Grand Slam.
Essa mancha valeu até uma cutucada da sérvia Ana Ivanovic, ex-número um e primeira a perder de Wozniacki como líder do ranking.
"Eu me lembro de quando me disseram que eu seria a número um, eu fiquei muito, muito animada", disse ela.
"Mas fiquei muito mais ao vencer um Grand Slam", completou a campeã de Roland Garros em 2008. "Te traz mais satisfação. Se eu nunca mais for número de novo, mas ganhar alguns, vou ficar mais feliz", disse.