São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Desde a adoção dos pontos corridos, nunca os últimos ao término da metade inicial acabaram rebaixados no final

Piores do 1º turno podem cair pela 1ª vez

Albari Rosa/"Gazeta do Povo"
Torcedores do Coritiba, que sentiram pela primeira vez a zona do rebaixamento nesta rodada


LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez, o susto pode se mostrar ineficaz.
Se caírem, Atlético-MG e Paysandu, lanterna e antepenúltimo colocados do Brasileiro, respectivamente, serão os únicos times da história dos pontos corridos a terminarem o primeiro e o segundo turnos na zona de rebaixamento.
Desde a adoção desse formato de disputa, em 2003, sempre as equipes que acabaram a metade inicial do certame ameaçadas de queda conseguiram se safar.
O exemplo mais destacado dessa "terapia de choque" é a campanha do Goiás em 2003. A equipe foi a pior do primeiro turno. No returno, porém, o time de Cuca só não teve melhor campanha que o campeão Cruzeiro.
Em 2005, apenas um dos quatro piores da primeira metade do campeonato, o São Paulo, não está ameaçado de cair hoje.
Além dos times que se enfrentaram anteontem em Belém (vitória do Atlético-MG por 2 a 0 sobre o Paysandu), o Figueirense, que acabou a metade inicial do torneio na 20ª posição, segue a perigo. O time de Santa Catarina está uma posição acima das que mandam para a Série B. Ele passou 27 rodadas entre os quatro últimos e, dentre os que começaram o campeonato nessas posições, foi o último que conseguiu escapar. Demorou nove rodadas, o que levou pouco mais de dois meses.
O time que mais tempo passou na rabeira da tabela é o Paysandu, que só esteve fora da zona de rebaixamento durante seis rodadas. Desde o dia 21 de julho, o único representante da região Norte na elite do futebol brasileiro está entre os quatro últimos colocados.
A agremiação de Belém, cuja melhor colocação neste ano foi um modesto 14º posto, é disparado o recordista de rodadas na zona do rebaixamento na história dos pontos corridos. Ficou 56 vezes entre os "rebaixáveis".
Neste ano, a campanha do Atlético-MG rivaliza com a do Paysandu. Desde a quinta rodada, no dia 21 de maio, o primeiro campeão nacional só esteve fora da zona de rebaixamento em duas ocasiões -ainda assim, ficou só uma posição acima dela.
Um dos "companheiros" da dupla entre os times que seriam rebaixados hoje, o Coritiba teve campanha oposta às deles. Esta rodada é a primeira que termina com o time de Márcio Araújo entre os mais mal classificados.
O quarto componente da zona do descenso é o Brasiliense. No início da competição, o clube do Distrito Federal freqüentou o grupo, mas conseguiu um período de 17 rodadas fora dele. Mas desde sua chegada, na 26ª rodada, no dia 18 de setembro, não saiu.
No caso do Atlético-MG, há inclusive a possibilidade de igualar outro recorde negativo, pertencente a um dono de títulos da Série A, assim como ele.
Se, na quinta-feira, os mineiros perderem do Fluminense, que ainda almeja o título, podem cair, dependendo da combinação de resultados. Assim, igualaria o Grêmio, que, no ano passado, caiu a três rodadas do fim.


Texto Anterior: Futebol - Juca Kfouri: Tetra à vista
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.