São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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Caçulas de finalistas viram protagonistas

DE SÃO PAULO

Com apenas 21 anos, a brasileira Natália e a russa Tatiana Kosheleva não se intimidam com a responsabilidade de serem titulares das duas equipes finalistas deste Mundial. Apesar de serem as caçulas de suas seleções, as duas jovens ponteiras já atuam como protagonistas.
Ambas tiveram atuações decisivas não somente nas semifinais como também nas campanhas de Brasil e Rússia no torneio no Japão.
Kosheleva, 1,91 m, não marca tantos pontos em um jogo quanto as veteranas Ekaterina Gamova e Liubov Sokolova, mas seu ataque é o mais eficiente entre o de todas as jogadoras do Mundial.
Seu aproveitamento é de 58% e, ontem, diante dos EUA, a jovem ponteira russa se manteve nesse patamar, com 56% de acertos nas bolas atacadas e 16 pontos.
Já Natália, 1,83 m, é reconhecida pela potência do seu ataque. A ponta vem sendo tão decisiva nas partidas quanto a oposto Sheilla. Ontem, na semifinal contra o Japão, ela marcou 23 pontos.
Tanto Natália quanto Kosheleva atribuem o sucesso e a segurança demonstrada nas quadras do Japão às companheiras de equipe.
"As jogadoras mais velhas me ajudam a crescer, compartilham a experiência comigo e me animam quando eu estou por baixo", diz Kosheleva, que começou a jogar vôlei há apenas seis anos.
"A juventude não significa muito. Jogadoras jovens são mais emotivas e têm mais energia e desejo de vencer."
Natália não teme que aconteça com ela o mesmo que ocorreu com Mari nos Jogos de Atenas-2004, quando o Brasil sofreu uma derrota épica justamente para a Rússia na semifinal. Na época, Mari tinha a mesma idade que Natália tem hoje e já era a principal atacante da equipe.
Depois da derrota, as críticas se dirigiram para ela. "Caíram muito em cima dela em Atenas, mas não concordo. Uma jogadora não pode ser responsabilizada por um resultado", afirma Natália.
"Aqui, dividimos as responsabilidades. Todas as atacantes têm condições de decidir a última bola e enfrentar situações de jogo como essa", diz ela, que foi a jogadora mais decisiva no tie-break contra o Japão. (MB)


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