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Kaká dá ao Milan nova revanche na temporada
Decisivo na vitória sobre o Urawa, brasileiro pretende se vingar do Boca
Urawa 0
Milan 1
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram apenas dois anos para
o Milan absorver uma derrota
em final para o Liverpool e dar
o troco no rival na Copa dos
Campeões. E, só quatro anos
depois de ser batido pelo Boca
Juniors em um Mundial, o time
italiano poderá se vingar no domingo do oponente argentino.
Com mais dificuldade do que
muitos esperavam, o Milan
passou ontem no estádio de Yokohama pelo Urawa Red Diamonds, primeiro clube japonês
a atuar em um Mundial. O placar de 1 a 0 refletiu bem o que
foi o jogo, que teve seis finalizações no gol para cada lado, segundo os dados no site da Fifa.
Praticando o jogo típico da
era Carlo Ancelotti, o campeão
europeu não pressionou o rival.
Com apenas um atacante de
ofício (primeiro Gilardino, depois Inzaghi), a equipe trocou
passes sem pressa de fazer valer o favoritismo na semifinal.
O time de Kaká ficou com a
bola em 60% do tempo de jogo,
mas apenas ameaçou mesmo o
gol de Tsuzuki quando o brasileiro, vencedor da ""Bola de Ouro" da temporada, quis.
O Urawa tentou marcar como pôde o provável melhor do
mundo da Fifa. O zagueiro Tanaka, nascido no Brasil, foi um
dos destaques da partida, mas
nem ele conseguiu deter o ex-são-paulino em duas arrancadas fulminantes em direção à
área, uma em cada etapa.
No primeiro tempo, Kaká
partiu do meio-campo, livrou-se de três marcadores e serviu
Seedorf na direita. O meia holandês chutou com pouca força,
em cima do goleiro.
Na etapa final, a arrancada de
Kaká foi pela esquerda. Driblou
um, atraiu dois e tocou para
Seedorf no meio da área concluir praticamente para um gol
vazio. O gol da partida, aos
23min da etapa final, foi celebrado de uma forma inusitada.
Seedorf, o autor do gol, saudou Kaká, pegou a mão do brasileiro e desfilou com o companheiro como se estivesse exibindo-o para o público no estádio (mais de 67 mil pessoas).
A imprensa italiana rasgou
elogios ao assistente da partida
de ontem. ""Kaká acende a luz, e
o Milan vai para a final", destacou a ""Gazzetta dello Sport".
Desde a chegada do Milan ao
Japão, a principal estrela do futebol mundial no momento fala
de uma revanche com o Boca
Juniors. Ele disputou a final do
Mundial interclubes de 2003 e,
ao site da Fifa, já declarou que
não esquece tal insucesso.
Ontem, após o jogo, Kaká falou à Globo que o Milan ""precisa melhorar" muitas coisas para o esperado jogo de domingo.
Além dele, Dida, Cafu, Maldini,
Pirlo, Gattuso, Ambrosini, Seedorf e Inzaghi estavam em
2003 no elenco do Milan que
foi batido pelo Boca nos pênaltis após um empate de 1 a 1.
Seedorf, na coletiva após a
partida, também falou em revanche contra o time argentino, que só vê em seu elenco
Battaglia de remanescente de
2003. Apenas Cafu mostrou ter
assimilado bem o tropeço de
quatro anos atrás no Japão.
""Vingança é algo muito negativo para estar ligado ao futebol. Eles [Boca Juniors] foram
melhores que nós naquele jogo
e agora temos a chance de encontrá-los de novo. O que precisamos fazer é jogar e vencê-los", afirmou à Fifa o lateral
brasileiro, que atuou o tempo
todo em 2003 e que agora deve
ficar só no banco de reservas.
Pirlo, Seedorf e Costacurta
perderam pênaltis na final de
2003. Mas Battaglia também.
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