O CORINTHIANS se reforça com jogadores acima dos 30 anos. Roberto Carlos chega ao Parque São Jorge para tentar, aos 36, ser campeão da Libertadores. O desafio é o mesmo para Tcheco, 33, e Iarley, com 35 em 2010. Com os dois, o Corinthians pode alinhar, se Mano Menezes quiser, até sete jogadores "over" 30.
Na história do futebol, só há dois times campeões de torneios importantes com seis ou mais titulares acima dos 30 anos. Só o Brasil da Copa de 62, que chegou ao título com seis titulares assim, e o Milan, da Copa dos Campeões de 2007, com sete acima dos 30.
Para quem diz que o novo Corinthians está condenado ao fracasso pelo excesso de veteranos, vale a lembrança de que o time de 2009 deixou uma base que os novos contratados chegam para fortalecer, não para alterar. Em outras palavras, Mano Menezes poderá escalar na Libertadores quantos veteranos quiser. Podem ser sete -Alessandro, William, Roberto Carlos, Edu, Iarley, Tcheco e Ronaldo- se quiser. Mas o time titular pode ser jovem, se for assim: Felipe, Alessandro, Chicão, Wil- liam e Roberto Carlos; Jucilei e Elias; Jorge Henrique, Defederico e Dentinho; Ronaldo. Nesse caso, Edu, Iarley e Tcheco sentam-se no banco de reservas e a base passa a ter sete sub-30, ideal para uma temporada inteira.
Eis outro ponto: a Libertadores não é a temporada toda. "O torneio é dos mais experientes", já anunciou Mano, ao ser questionado sobre a faixa etária da equipe. Edu, Iarley e Tcheco podem jogar sempre, na Libertadores, e descansar durante o Paulistão. Na prática, o Corinthians aumentou suas opções, o que será ótimo se o novo time vier acompanhado de um lembrete: use com moderação.
Mano Menezes mostrou com Ronaldo, em 2009, que sabe essa medida. Mas sua frase mais importante, no final do ano, foi aquela em que assumiu os erros da campanha no Brasileirão: "Não fomos mal no Brasileiro só por acomodação. Se dissesse isso, eu me colocaria numa posição confortável e não olharia para outros problemas ea equipe". O novo Corinthians pode ser forte e ganhar a Libertadores, com veteranos e ajustes na equipe que concluiu o Brasileirão. A receita para isso tem nome: trabalho.