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VÔLEI
O desafio
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Quem conseguirá derrubar o Telemig/Minas? Este é
o desafio da temporada. Em 11 rodadas, o time permanece como o
único invicto da Superliga. Para
terminar o turno sem derrotas, o
Minas precisa vencer sábado o
Vasco, a equipe com a segunda
melhor campanha do torneio.
No vôlei, estatura é cada vez
mais fundamental, mas o Minas
contraria a lógica e mostra que a
habilidade faz a diferença. O time
aposta em um trio de ponteiros
considerados baixos para o atual
padrão do vôlei: Ezinho (1,90 m),
Giba (1,92 m) e André (1,94 m).
Resultado: a equipe tem o melhor
ataque da Superliga.
Pelas estatísticas da Confederação Brasileira de Vôlei, André é o
atacante mais eficiente do campeonato. Para ter uma idéia do
que isso representa, vamos aos
números: ele atacou 214 bolas e
colocou 121 no chão. Ezinho apresenta o segundo melhor aproveitamento do torneio, e Giba aparece na quarta colocação.
Ok, não dá também para esquecer que o Minas tem um grande
levantador: Maurício. Quando
está inspirado, ele desconserta os
bloqueios adversários. Na última
temporada, o jogador beirou a
perfeição e foi um dos grandes
responsáveis pela conquista do título brasileiro pelo Minas.
Entretanto, se nas pontas o time
do técnico Cebola é mais baixo,
no meio o Minas tem duas torres:
Douglas e Henrique. Os dois bloqueadores, que têm 2,01 m de altura cada um, lideram as estatísticas como o paredão da Superliga. E você sabe: com um bloqueio
perfeito aumentam as probabilidades de contra-ataques.
O certo é que Cebola conseguiu
chegar a uma fórmula que também mistura com eficiência juventude e experiência. Tirando
Maurício e Douglas, que estão na
casa dos 30 anos de idade, o mais
velho dos titulares é Giba, com 24.
Os outros três têm entre 21 e 22
anos e são resultado do trabalho
de base do Minas.
Já o Shopping ABC/Santo André, a surpresa da temporada,
venceu mais uma na rodada do
final de semana: derrotou o Lupo-Náutico e continua entre os
cinco primeiros da Superliga.
O time, do atacante Lorena, está fazendo bonito: soma sete vitórias em dez jogos.
Para encerrar, um registro: a escolha do Japão, campeão olímpico em 1964, como a melhor seleção feminina do século, numa votação pela Internet organizada
pela Federação Internacional,
ainda causa polêmica.
Cuba era a favorita. Para quem
não sabe, é a única equipe de vôlei a conseguir três títulos olímpicos consecutivos (92, 96 e 2000) e a
romper a marca japonesa de 62
partidas invictas. As cubanas registraram 63 vitórias seguidas.
Segundo o jornal cubano
"Granma", o presidente da Federação Internacional, Rubén Acosta, teria declarado, em entrevista
no México, que Cuba é a melhor
equipe do século, mas que a votação deu outro resultado.
O presidente do Instituto Nacional de Desportes de Cuba, Humberto Rodriguez, também registrou o seu protesto. Declarou que
"talvez fatores comerciais tenham
influenciado na indicação das japonesas, mas há poucas dúvidas
sobre a injustiça da decisão".
Italiano
O Macerata, do brasileiro
Nalbert, levou a pior no confronto contra o Milano, do
argentino Marcos Milinkovic, na rodada do final de semana do Campeonato Italiano. O Macerata perdeu por 3
sets a 2 (25/21, 20/25, 20/25,
26/24 e 25/23). Apesar do resultado negativo, o Macerata
está na quarta posição, com
seis derrotas em 17 jogos. O
líder do torneio é o Cuneo.
Feminino
O Modena, da brasileira Ana
Flávia, terminou o primeiro
turno do Campeonato Italiano em quarto lugar, com oito
vitórias em 11 jogos. No confronto contra o Bergamo, líder do torneio e que conta
com a peruana Gabriela Perez, o Modena perdeu por 3
sets a 0. Já o Spezzano, da atacante Hilma, conseguiu a terceira vitória na competição:
superou o Palermo por 3 sets
a 1 e encerrou a primeira fase
na modesta nona colocação.
E-mail cidasan@uol.com.br
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