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ATLETISMO
Maratona mista no Paquistão choca islâmicos
DA REPORTAGEM LOCAL
O ditador paquistanês
Pervez Musharraf celebrou ontem o sucesso de
um polêmico evento esportivo que causou irritação dos radicais islâmicos.
Mais de 30 mil atletas,
incluindo 15 competidores
de países estrangeiros,
competiram na Maratona
da cidade de Lahore.
O regulamento trazia a
novidade que gerou celeuma: o evento foi misto. Autoridades religiosas queriam que a prova separasse homens e mulheres.
"Apesar de alguns terem
criado oposição, fizemos o
possível para evitar acidentes. O resultado foi
bom", declarou Ghaus Akbar, organizador da prova.
O policiamento foi reforçado durante o percurso de 42 km, já que a competição tem histórico de
violência. Dois anos atrás,
defensores do islã atiraram pedras em alguns participantes, sob a alegação
de que a corrida não é autorizada por religiosos.
Ameer ul-Azeem, porta-voz de um grupo radical islâmico, declarou anteontem que eventos como tal
maratona "espalham a
obscenidade pelo país e
deveriam ser proibidos."
Musharraf não se intimidou. Fez questão de
comparecer ao local e
cumprimentar homens e
mulheres inscritos.
Após a disputa, afirmou
que provas assim "são atividades saudáveis e boas
para o Paquistão e que outras cidades do país deveriam lutar para receber
coisas semelhantes."
Ele diz que a ampla adesão à maratona mostra
que a população rejeita
preceitos dos radicais.
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