São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

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ATLETISMO

Maratona mista no Paquistão choca islâmicos

DA REPORTAGEM LOCAL

O ditador paquistanês Pervez Musharraf celebrou ontem o sucesso de um polêmico evento esportivo que causou irritação dos radicais islâmicos.
Mais de 30 mil atletas, incluindo 15 competidores de países estrangeiros, competiram na Maratona da cidade de Lahore.
O regulamento trazia a novidade que gerou celeuma: o evento foi misto. Autoridades religiosas queriam que a prova separasse homens e mulheres.
"Apesar de alguns terem criado oposição, fizemos o possível para evitar acidentes. O resultado foi bom", declarou Ghaus Akbar, organizador da prova.
O policiamento foi reforçado durante o percurso de 42 km, já que a competição tem histórico de violência. Dois anos atrás, defensores do islã atiraram pedras em alguns participantes, sob a alegação de que a corrida não é autorizada por religiosos.
Ameer ul-Azeem, porta-voz de um grupo radical islâmico, declarou anteontem que eventos como tal maratona "espalham a obscenidade pelo país e deveriam ser proibidos."
Musharraf não se intimidou. Fez questão de comparecer ao local e cumprimentar homens e mulheres inscritos.
Após a disputa, afirmou que provas assim "são atividades saudáveis e boas para o Paquistão e que outras cidades do país deveriam lutar para receber coisas semelhantes."
Ele diz que a ampla adesão à maratona mostra que a população rejeita preceitos dos radicais.


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