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Ferrari faz mudanças para evitar novas falhas
Equipe troca engenheiro de Raikkonen
e aposta em "treinador" para mecânicos
Campeã de Construtores em 2008, mas vice no Mundial de Pilotos, escuderia frisa que as novidades não têm relação com performance
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MADONNA DI CAMPIGLIO
Apesar de ter conquistado o
Mundial de Construtores e Felipe Massa ter sido vice-campeão no de Pilotos, a grande
quantidade de erros cometidos
pela Ferrari no ano passado fez
com que a escuderia italiana
promovesse uma série de alterações em sua estrutura para a
temporada que tem início em
29 de março, na Austrália.
Essas são as primeiras mudanças promovidas na equipe
por Stefano Domenicali, que
assumiu de maneira definitiva
a chefia ferrarista no ano passado. A intenção é não repetir falhas grosseiras como a que
ocorreu no GP de Cingapura,
quando Massa deixou os boxes
com a mangueira de combustível presa no carro porque o mecânico responsável pelo pirulito eletrônico o liberou antes do
término do reabastecimento.
O erro não só custou a vitória
na prova ao piloto brasileiro como consequentemente o título,
uma vez que Lewis Hamilton
sagrou-se campeão por somente um ponto de vantagem.
Além disso, a Ferrari deixou
de usar seu pirulito eletrônico
-que lhe rendia alguns décimos de segundo a cada pit
stop- nas últimas corridas do
ano e voltou para o pirulito manual para evitar mais erros.
Não por coincidência, uma
das principais alterações na escuderia foi a promoção de Diego Ioverno, que será responsável por fortalecer o método de
trabalho dos mecânicos.
"Ele irá desenvolver uma
metodologia para treinar melhor nossos mecânicos", explicou ontem Domenicali, durante evento promovido pela Ferrari em Madonna di Campiglio,
pouco antes de aproveitar a tarde fria para esquiar nas montanhas do norte da Itália.
Outra mudança importante
na estrutura do time de Maranello foi a troca do engenheiro
de Kimi Raikkonen. Sai o australiano Chris Dyer para a entrada do italiano Andrea Stella,
que, até 2008, analisava os dados do carro do finlandês, assim como fizera antes com Michael Schumacher.
Dyer, que foi engenheiro de
Schumacher nos títulos de
2003 e 2004, foi promovido a
responsável pela área de engenharia de pista.
Domenicali, no entanto, afirmou que a troca não tem relação alguma com a queda de performance de Raikkonen no ano
passado, especialmente na segunda metade do Mundial.
"A chegada de Stella foi um
desenvolvimento natural para
ele e algo que já havíamos programado há mais de um ano",
declarou o chefe ferrarista, que
fez questão de dizer que a relação deles sempre foi muito boa.
"Pelo fato de a relação do Felipe com o [Rob] Smedley [engenheiro do brasileiro] ser visivelmente mais carinhosa, talvez as pessoas pudessem ter
uma impressão diferente do
contato do Kimi com o Dyer.
Mas os dois sempre trabalharam muitíssimo bem juntos."
Foram promovidas ainda alterações na parte logística da
escuderia, que ficará a cargo de
Massimo Rivola, e não há mais
um diretor de operações -Mario Almondo foi transferido para a área de controle de qualidade dos carros de passeio.
"Acredito que o mais importante de tudo isso seja dar estabilidade a nossa equipe, sempre
tentando valorizar as pessoas
que cresceram dentro da Ferrari", completou o dirigente,
que também é cria da casa.
A jornalista TATIANA CUNHA viaja a
convite da Ferrari
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