São Paulo, sábado, 15 de janeiro de 2011

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"Fome" vira o maior trunfo de Scolari

PALMEIRAS
Técnico diz que gana do elenco empurrará time em 2011


Robson Ventura/Folhapress
Sob chuva, Scolari comanda treino do Palmeiras, no CT

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Luiz Felipe Scolari revelou ontem qual é o maior trunfo do Palmeiras hoje, em sua estreia no Paulista: a fome.
Parece pouco, visto que o time que enfrenta o Botafogo hoje à noite, no Pacaembu, é praticamente o mesmo que, em novembro, perdeu do Goiás por 2 a 1 e foi eliminado da Copa Sul-Americana, em um dos maiores vexames da história palmeirense.
"Tem uma coisa que a torcida precisa analisar. Jogar com fome é diferente: jogador que chega para brigar por um lugar, que precisa ganhar três vezes mais do que ganha atualmente, que ainda não se projetou", disse Scolari.
Nove jogadores que estarão em campo hoje foram titulares no fatídico jogo ante a equipe goiana -naquela noite, os torcedores deixaram o Pacaembu clamando por mudanças no time alviverde.
Por isso, Scolari, embora mantenha um discurso otimista, concorda que a torcida tem motivos para desconfiar do Palmeiras de 2011.
"Nosso torcedor tem que ter desconfiança, pois não ganhamos nada ano passado, não fomos bem, não chegamos ao final do projeto da Sul-Americana. Tem que estar descontente, desconfiado", disse o treinador que, em seguida, pediu paciência.
"Mas o torcedor tem que saber que vamos fazer nosso melhor. Ninguém aqui vai pensar no que passou no ano passado. Temos que pensar no futuro. E nós temos uma boa equipe", disse o técnico.
Até os problemas que Scolari enfrenta são os mesmos de 2010. Valdivia, com lesão muscular, não joga. Já Pierre vai operar o pé direito e ficará três meses fora. No gol, Marcos continua afastado.
Por enquanto, de reforços, chegaram o zagueiro Thiago Heleno, o lateral direito Cicinho e o atacante Adriano -ainda não há previsão de quando eles poderão jogar.
E deixaram o time o zagueiro Fabrício, o atacante Lenny e o volante Edinho.
"Este elenco que temos chegou à semifinal da Sul-Americana. Se tivéssemos priorizado o Brasileiro, quem sabe chegaríamos entre os seis, sete primeiros. Não estaríamos entre os três primeiros porque não tínhamos qualidade para isso", disse.
Mas, após admitir que faltou qualidade em 2010, Scolari voltou a mostrar otimismo com o atual elenco.
"Não é porque não chegou o Messi, o Pelé, o Garrincha, que não temos um time de boa qualidade", afirmou.


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