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Caro e improdutivo, ataque alvinegro frustra a torcida
DA REPORTAGEM LOCAL
O Paulista, antes de começar,
ensaiava ser o campeonato dos
atacantes. Afinal, os quatro
principais clubes se preocuparam em reforçar, ou no mínimo
manter, suas linhas ofensivas.
Palmeiras, São Paulo e até o
Santos tiveram até aqui no Estadual sucesso com seus principais investimentos na busca
por formar ataques produtivos.
O Corinthians, no entanto,
ainda não viu funcionar a sua
dupla contratada para fazer o
time brilhar no ano de retorno
à elite. Ronaldo e Souza, os dois
jogadores mais bem remunerados do clube, ainda não produziram em campo.
O Fenômeno, que recebe R$
400 mil mensais, não chegou
ao fim de sua recuperação da
grave lesão no joelho esquerdo
que sofreu há um ano e dois
dias. Continua sem data para
estrear pela equipe.
Mas, por tudo o que representa sua chegada ao clube, sobretudo no que diz respeito à
atração midiática que sua presença provoca, ele conta, por
enquanto, com a complacência
da diretoria e com a paciência
da torcida, ansiosa por sua primeira vez como jogador.
Souza, trazido com status e
remuneração de candidato natural a parceiro de Ronaldo -e
o goleador da vez enquanto o
camisa 9 terminasse de se recuperar-, já desagrada à torcida.
O jogador, que custa R$ 170
mil mensais ao clube, só foi às
redes uma vez, e de pênalti.
Por causa de seu desempenho nestes primeiros jogos pelo Corinthians, o camisa 50 já
virou alvo de apupos da torcida,
que tem se acostumado a vaiá-lo no fim das partidas em casa e
a gritar o nome do argentino
Herrera, hoje no Grêmio.
Mas, se Souza se tornou o alvo preferido das reclamações,
outros atacantes do clube também não têm do que se gabar.
Otacílio Neto é, entre eles,
quem mais produziu: dois gols.
Juntos, os quatro atacantes
do Corinthians que já entraram
em campo neste Paulista anotaram cinco gols. Menos do que
o zagueiro Chicão. O defensor,
cobrador oficial de pênaltis e
faltas do time, foi seis vezes às
redes e é o artilheiro da equipe.
A pouca produtividade do
ataque corintiano fica ainda
mais evidente quando comparada com as dos outros times
grandes do Estado.
O São Paulo, rival de hoje no
Morumbi, já viu Washington,
seu principal reforço, ir às redes quatro vezes.
No Palmeiras arrasador deste início de temporada, Keirrison, titular e candidato a craque, e Lenny haviam marcado
cinco vezes cada um antes do
jogo contra o Paulista.
No Santos, apesar da má fase
do time, Kléber Pereira segue
como arrimo: ele já marcou
quatro vezes.0
(PGA)
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