São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 2009

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Caro e improdutivo, ataque alvinegro frustra a torcida

DA REPORTAGEM LOCAL

O Paulista, antes de começar, ensaiava ser o campeonato dos atacantes. Afinal, os quatro principais clubes se preocuparam em reforçar, ou no mínimo manter, suas linhas ofensivas.
Palmeiras, São Paulo e até o Santos tiveram até aqui no Estadual sucesso com seus principais investimentos na busca por formar ataques produtivos.
O Corinthians, no entanto, ainda não viu funcionar a sua dupla contratada para fazer o time brilhar no ano de retorno à elite. Ronaldo e Souza, os dois jogadores mais bem remunerados do clube, ainda não produziram em campo.
O Fenômeno, que recebe R$ 400 mil mensais, não chegou ao fim de sua recuperação da grave lesão no joelho esquerdo que sofreu há um ano e dois dias. Continua sem data para estrear pela equipe.
Mas, por tudo o que representa sua chegada ao clube, sobretudo no que diz respeito à atração midiática que sua presença provoca, ele conta, por enquanto, com a complacência da diretoria e com a paciência da torcida, ansiosa por sua primeira vez como jogador.
Souza, trazido com status e remuneração de candidato natural a parceiro de Ronaldo -e o goleador da vez enquanto o camisa 9 terminasse de se recuperar-, já desagrada à torcida.
O jogador, que custa R$ 170 mil mensais ao clube, só foi às redes uma vez, e de pênalti.
Por causa de seu desempenho nestes primeiros jogos pelo Corinthians, o camisa 50 já virou alvo de apupos da torcida, que tem se acostumado a vaiá-lo no fim das partidas em casa e a gritar o nome do argentino Herrera, hoje no Grêmio.
Mas, se Souza se tornou o alvo preferido das reclamações, outros atacantes do clube também não têm do que se gabar.
Otacílio Neto é, entre eles, quem mais produziu: dois gols.
Juntos, os quatro atacantes do Corinthians que já entraram em campo neste Paulista anotaram cinco gols. Menos do que o zagueiro Chicão. O defensor, cobrador oficial de pênaltis e faltas do time, foi seis vezes às redes e é o artilheiro da equipe.
A pouca produtividade do ataque corintiano fica ainda mais evidente quando comparada com as dos outros times grandes do Estado.
O São Paulo, rival de hoje no Morumbi, já viu Washington, seu principal reforço, ir às redes quatro vezes.
No Palmeiras arrasador deste início de temporada, Keirrison, titular e candidato a craque, e Lenny haviam marcado cinco vezes cada um antes do jogo contra o Paulista.
No Santos, apesar da má fase do time, Kléber Pereira segue como arrimo: ele já marcou quatro vezes.0 (PGA)


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