São Paulo, domingo, 15 de fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Até reserva Palmeiras é 100%

Debaixo de chuva insistente, equipe de Vanderlei Luxemburgo vence o Paulista de forma sofrida

Palmeiras 1
Paulista 0

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Talvez nunca o chavão "valeu pelos três pontos" fez tanto sentido para o Palmeiras como ontem, no Pacaembu, quando, jogando com os reservas, o time garantiu mais uma vitória no Estadual e os 100% de aproveitamento na temporada.
Pela segunda vez no ano, a equipe marcou menos de dois gols -a outra fora na estreia, diante do Santo André.
Foi o suficiente para, de forma sofrida e sob uma chuva insistente, o time bater o Paulista e permanecer na liderança do torneio, com 21 pontos.
De quebra, o grupo "B" alviverde garantiu uma viagem tranquila a Quito. Hoje, junta-se aos titulares que já se preparam desde a última quinta-feira no Equador para a estreia na fase de grupos da Libertadores, depois de amanhã, ante a LDU.
"A gente viaja para o Equador feliz", afirmou o goleiro Marcos, que voltou ao time depois de quatro confrontos fora devido a uma lesão na coxa direita.
Diferentemente das vitórias anteriores com seus suplentes -Marília (3 a 0) e Ponte Preta (3 a 2)-, quando o Palmeiras parecia ter um segundo time tão entrosado quanto o primeiro, ontem a falta de articulação da equipe irritou a torcida, que criticou alguns atletas.
O sinal mais evidente das dificuldades enfrentadas pela equipe foi o seu ataque. Mortal nos seis primeiros jogos, com 17 gols marcados, ontem o time só conseguiu acertar o alvo uma vez na etapa inicial, aos 15min, em arremate de Lenny.
O campo pesado não permitiu a troca de passes da equipe, que não conseguia penetrar na defesa do time de Jundiaí.
Contribuiu para essa dificuldade também o fato de o Paulista não ter se acovardado. Nos ataques puxados, ora pelo meia Francisco Alex, ora pelo volante Rodrigo Santos, a equipe do técnico Giba incomodou.
Giba, por sinal, foi inteligente ao abrir mão do esquema 3-5-2, postando seus dois laterais para proteger mais a defesa e bater de frente com os alas rivais. Assim, nem Wendel nem Jefferson conseguiam criar lances incisivos pelo fundo.
Com a pressão exercida pelo Paulista na saída de bola palmeirense, os chutões vindos da defesa alviverde eram facilmente cortados pela zaga. Lenny, 1,71 m, e Marquinhos, 1,75 m, tinham de duelar pelo alto com Eli Sabiá, 1,87 m, e Marcelo Xavier, 1,93 m.
"Temos de jogar mais pelo chão, rasteiro", disse Lenny, no intervalo da partida.
Foi justamente na única trama pelo chão que o Palmeiras saiu do sufoco e arrancou para a nona vitória em 2009.
Aos 20min, Lenny fez o pivô na entrada da área para Evandro. Na cara de André Luís, o meia só teve o trabalho de tirar do goleiro para marcar.
Desesperado para tentar pelo menos um ponto, o time de Jundiaí se lançou para a frente e quase empatou a partida aos 37min. O chute de Felipe Azevedo, porém, parou na trave esquerda de Marcos.
"O importante era garantir os três pontos", disse, no melhor estilo boleiro, o atacante Marquinhos. "Agora é pensar na Libertadores", completou.


Texto Anterior: Tostão: Envelhecimento precoce
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.