São Paulo, segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Giovanni decide e dá credito a garotos

Com Robinho apagado, meia-atacante de 38 anos entra no 2º tempo e, ao lado de Neymar, define virada sobre o Rio Claro

Santos 2
Rio Claro 1

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Giovanni (10) vibra ao fazer, aos 44min do segundo tempo, o gol da vitória do Santos no Pacaembu

MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos perdia por 1 a 0 para o Rio Claro, o Pacaembu já vaiava, e o time não mostrava nada do futebol que havia encantado na vitória contra o São Paulo, na semana passada.
No meio do segundo tempo, Giovanni entrou. Em seu primeiro lance, caiu ao tentar dominar uma bola simples, fácil, no meio do campo. Mas, na jogada seguinte, o camisa 10 lançou Neymar, que foi ao fundo e chutou para André empatar o jogo, no rebote do goleiro.
Giovanni, então, "desligou": quase não pegou mais na bola e, quando o fez, foi tão-somente para dar toques de lado.
No fim, aos 44min, ele surgiu na área para completar, de cabeça, a jogada iniciada por André e Neymar pela esquerda. E o time dos garotos foi salvo por um veterano de 38 anos.
"O mérito é deles", declarou o meia, ídolo da torcida, apesar de não ter conquistado um título sequer pelo Santos. "Eu só ajudei ali, mas o mérito é dos meninos, é do time todo."
Foi a quinta vitória seguida do time da Vila Belmiro, que lidera o Paulista, com 19 pontos.
Mas, ontem, o torcedor santista sofreu. O time iniciou o jogo com a mesma formação do segundo tempo contra o São Paulo: sem centroavante e com Robinho mais avançado.
O esquema, que funcionou tão bem contra o time do Morumbi, fracassou diante do apenas esforçado Rio Claro.
Tanto que o técnico Dorival Jr. mandou André e Giovanni para o aquecimento antes dos 20min do primeiro tempo.
Robinho nunca se sentiu cômodo entre os zagueiros adversários. Marquinhos e Paulo Henrique Ganso lutavam pelo mesmo espaço no meio-campo e os ataques não fluíam. Só Neymar tentava alguma coisa diferente. E não conseguia.
André foi logo para o jogo: entrou no lugar de Marquinhos, que teve um corte na testa. Na teoria, a substituição resolveria os problemas do ataque. Robinho abriu para jogar na direita, Neymar foi para o outro lado, André passou a jogar enfiado entre os beques, e Ganso não precisou mais disputar espaço com Marquinhos.
Na prática, porém, nada mudou. O Santos continuou preso entre a superpopulação de volantes e zagueiros do Rio Claro.
Aos 40min, em uma falha de Robinho, o Rio Claro abriu o placar. O atacante foi desarmado quando tentava dar um passe por elevação. Na sequência, Maicon Souza foi lançado, avançou até a linha de fundo e cruzou rasteiro para Jackson, totalmente livre, marcar 1 a 0.
O Santos voltou mais disposto do intervalo. Mas prosseguia sem ideias. A torcida começou a cobrar a entrada de Madson.
Dorival Jr. fez tudo o que as arquibancadas pediam: sacou Germano para a entrada de Giovanni e trocou Wesley Santos por Madson, que foi jogar de lateral-esquerdo. Daí para a frente, pressão total do Santos. Que venceu graças a Giovanni.


Texto Anterior: Juca Kfouri: Muita gente, pouco Robinho
Próximo Texto: Até quando?: Fãs encaram filas enormes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.