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FUTEBOL
Jogador brasileiro que fugiu da Albânia pretende disputar o Paulista, mas teme estar com o passe preso no país
`Refugiado' quer jogar em São Paulo
RODRIGO BUENO
da Reportagem Local
Em uma época em que tanto se
discute o fim do passe dos atletas,
um jogador brasileiro vive uma
delicada situação profissional.
O centroavante Valdemir Souza
dos Santos, 28, vinha atuando até
janeiro no Lushnje, time da Albânia. Devido ao conflito que acontece nesse país, o jogador voltou às
pressas para o Brasil.
Sem receber a quantia que lhe
haviam prometido, Valdemir ainda tem o passe ligado ao clube albanês, cujo presidente foi preso
após o escândalo das ``pirâmides''
(espécie de bancos da Albânia).
``Meu sonho é arrumar um time
e jogar em São Paulo. Mas não sei
se poderei, pois meu passe pertence ao time da Albânia'', disse.
O jogador espera ajuda da Confederação Brasileira de Futebol.
``Se algum time quiser me contratar, acho que a CBF poderia interceder a meu favor'', afirmou.
Para Luiz Gustavo Viera de Castro, diretor do Departamento de
Registro e Transferência da CBF,
Valdemir não terá problemas.
``Ele é um jogador brasileiro e
iremos apoiá-lo. Ele pode fazer
contrato com qualquer clube do
país. Com um contrato, pediremos à Fifa a liberação dele'', disse.
Castro acredita que a Fifa facilitará as coisas para o brasileiro.
``O jogador não pode ficar na dependência de um país. A Fifa, com
certeza, o defenderá'', afirmou.
Pioneiros
Edu, meia que levou Valdemir ao
Lushnje, foi o primeiro sul-americano a atuar na Albânia.
O jogador, que também retornou ao Brasil, entrou para a história do futebol albanês ao se tornar
o primeiro estrangeiro a marcar
um gol no campeonato do país.
Foi de cabeça, contra o Tirana.
O último estrangeiro a atuar na
Albânia antes de Edu foi o italiano
Giacomino Poselli, nos anos 50.
Marcos Berdague é outro brasileiro que passou recentemente na
Albânia. Está refugiado na Grécia.
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