DA REPORTAGEM LOCAL

"Se o Corinthians não ganhar, olê, olê, olá, o pau vai quebrar." O grito, que a torcida corintiana começou a entoar na metade do segundo tempo, prenunciava a ira que viria depois.
Terminada a partida, os torcedores pediam contratações e xingavam a diretoria e os jogadores. "Não é mole não, tem pipoqueiro jogando no timão." Alguns torcedores que estavam no túnel de acesso tentaram invadir o vestiário do clube.
Assim, a Polícia Militar armou um esquema especial para tirar o time do Pacaembu. Antes de os jogadores saírem do vestiário, dez policiais já protegiam os atletas. "Nessas circunstâncias, precisávamos fazer isso", disse o coronel Marcos Marinho.
No fim, os torcedores deixaram os jogadores saírem sem mais tumultos -apesar de vaiarem e xingarem os atletas em seus carros- mas prometeram protestar hoje no Parque São Jorge.
"A torcida tem todo o direito de reclamar. Eles fizeram a parte deles e nós ainda perdemos", disse Rogério.
Mesmo com chuva constante no Pacaembu durante toda a partida, a torcida compareceu em bom número: dos cerca de 23 mil ingressos colocados à disposição, 17.025 foram vendidos.
O público de ontem foi o maior do Corinthians como mandante no Paulista-04.
Apesar de o clube não ter conseguido com a FPF o barateamento dos bilhetes de R$ 20 para R$ 10, houve diversas promoções para o jogo de ontem. Além da Pepsi, que comprou 2.500 ingressos e os trocou por latas, organizadas como a Camisa 12 e a Gaviões da Fiel compraram quase 4.000 ingressos e os repassaram com desconto, a R$ 10. (MVM)



Texto Anterior: Corintianos vaiam time e festejam rival
Próximo Texto: Dispensas serão graduais, diz Oliveira
Índice